Giro de notícias da Argentina: consulta pública sobre sísmica offshore e despesas com perfurações de E&P

Consulta sobre sísmica 3D na Argentina Norte

Outro projeto de exploração offshore está avançando na Argentina.

O governo lançou uma consulta pública sobre a documentação associada a uma avaliação de impacto ambiental para um levantamento sísmico 3D em dois blocos na bacia Argentina Norte.

A perfuradora Shell está buscando aprovação para realizar o trabalho nas licenças de águas profundas CAN-107 e CAN-109. A consulta pública está marcada para o dia 3 de julho, às 10h, horário local.

Nas últimas semanas, a Argentina estendeu o prazo até agosto para a Equinor realizar  um levantamento sísmico 3D nos blocos da bacia Austral AUS-105 e AUS-106, além da áreas de Malvinas Oeste MLO-121.

Além disso, em abril, a Equinor iniciou a perfuração do poço exploratório Argerich-1 sob a  licença CAN-100 na bacia Argentina Norte.

Sísmica 3D nos blocos Mavinas Oeste

Em relação a hidrocarbonetos, está prevista para quarta-feira uma consulta pública sobre uma proposta de levantamento sísmico 3D da TGS nos blocos Malvinas Oeste MLO-123 e MLO-124.

Os contratos offshore foram concedidos em uma rodada de licenciamento de 2018-19, que resultou na atribuição pela Argentina de 18 áreas a nove grupos de empresas, com investimento associado de US$ 724 milhões e uma área de 94.834 km². A Argentina havia oferecido 38 áreas nas bacias de Malvinas, Argentina Norte e Austral.

No offshore, a Argentina produz hidrocarbonetos, principalmente gás, na bacia Austral.

Clique aqui para obter mais informações sobre a consulta pública da Shell, que será transmitida ao vivo.

Leia também: Raio-x: o impulso dos hidrocarbonetos offshore na Argentina, Uruguai e Malvinas

Investimento CGC

A perfuradora argentina CGC descreveu como usou US$ 76,8 milhões levantados em uma colocação de títulos em 2022.

A CGC, o maior produtor de gás da província de Santa Cruz, disse que o montante foi aplicado nos seus ativos nas bacias Austral e Golfo San Jorge, em parte para cumprir compromissos de fornecimento sob o esquema Plan Gas.

Oitenta e seis por cento foram investidos no desenvolvimento de reservatórios, principalmente na formação de Magalhães, disse a empresa num documento regulatório enviado à Comissão Nacional de Valores (CNV). A empresa informou que 87% foram gastos em novos poços e 13% em renovações, principalmente nas áreas Campo Indio Este-El Cerrito, El Huemul e Cañadón Seco.

O saldo de 14% foi investido em sísmica 3D no bloco Paso Fuhr, dentro da formação Palermo Aike. Em 2019, a CGC e a petrolífera nacional YPF obtiveram uma licença de exploração para a área de Santa Cruz, com o objetivo de encontrar gás de xisto.

A CGC e a YPF também iniciaram a perfuração de hidrocarbonetos não convencionais em Palermo Aike, a segunda maior formação desse tipo na Argentina, depois do campo de xisto de Vaca Muerta.

Produção e dívida

A CGC produziu 6,21 MMm³/d (milhões de metros cúbicos por dia) de gás no primeiro trimestre de 2024, acima dos 5,95 MMm³/d no período de janeiro a março de 2023.

A CGC perfurou 13 poços de produção e dois poços de exploração no primeiro trimestre de 2024.

No final de março, a dívida financeira total da CGC era de US$ 1,16 bilhão, com alavancagem de 1,92x.

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A CGC também é parceira da YPF e da Equinor nos blocos de fase de exploração da bacia Austral AUS-105 e AUS-106.