Giro de notícias do Chile: SQM enfrenta preços baixos do lítio e Codelco e Rio Tinto exploram áreas de cobre

SQM MANTÉM EXPANSÃO NO CHILE

Nos primeiros nove meses, a produtora chilena de lítio SQM registrou uma queda anual de 43,9% na receita, que despencou para US$ 3,46 bilhões devido aos baixos preços do lítio.

O preço do lítio no terceiro trimestre ficou, em média, 24% abaixo do registado no trimestre anterior e deve continuar em declínio devido ao excesso temporário de oferta, conforme apontou o segundo maior produtor mundial de lítio em um comunicado. 

As vendas da empresa aumentaram 18% no período encerrado em 30 de setembro, com volumes de 51,2 mil toneladas, impulsionadas principalmente pela demanda do mercado chinês de veículos elétricos. No entanto, as vendas recuaram 2,1% entre o segundo e o terceiro trimestre.

A indústria de eletromobilidade concentra mais de 70% da demanda atual por lítio, e essa proporção deve ultrapassar 80% até o final da década. Por sua vez, a penetração dos veículos elétricos na economia global deve passar de 20% para 50% até 2030, segundo executivos da SQM durante uma teleconferência com analistas na quarta-feira.

Por esta razão, a SQM continuará expandindo suas operações no Salar do Atacama, no norte do Chile, bem como as suas instalações no exterior.

A empresa estima que até o final de 2025 atingirá uma capacidade de produção de 305 mil toneladas de carbonato de lítio equivalente, ante o volume deste ano de 210 mil toneladas. Desse total, 180 mil toneladas serão provenientes de sua planta química na região chilena de Antofagasta, indicaram os executivos.

Embora a SQM espere vender 195 mil toneladas de lítio este ano, seus lucros anuais serão impactados pela queda no preço. No terceiro trimestre, o EBITDA da empresa caiu 57% em termos anuais, totalizando US$ 339 milhões.

CODELCO E RIO TINTO BUSCAM INICIAR PROSPECÇÃO DE COBRE

Por meio da joint venture Nuevo Cobre, a multinacional anglo-australiana Rio Tinto e a estatal Codelco pretendem desenvolver o projeto Prospección Minera Dionisio, com um investimento de US$ 37 milhões. 

O objetivo é reduzir a incerteza geológica sobre possíveis concentrações de cobre em uma área montanhosa localizada a 3.800 metros de altitude, na província de Chañaral, região do Atacama. Estão previstas 365 perfurações em 199 plataformas, com profundidade média de 500 metros. O programa se estenderia por 31 meses. 

A declaração de impacto ambiental da Nuevo Cobre, 57,7% de propriedade da Rio Tinto e 42,3% de propriedade da Codelco, foi admitida para tramitação pela agência de revisão ambiental SEA nesta semana.