Giro de notícias: licenças de bloco offshore, guia do hidrogênio, consulta sobre biocombustíveis e visita à China

EXTENSÃO DE LICENÇAS

As Ilhas Malvinas concordaram em prorrogar, até dezembro de 2026, as licenças de produção da Rockhopper Exploration, informou a empresa em um documento regulatório.

A Rockhopper tem uma participação de 35% em oito licenças da bacia norte das Malvinas e detém 100% de três licenças das bacias sul e leste.

A parceira e operadora na bacia norte das Malvinas, Navitas (65%), enviou este ano para avaliação uma declaração de impacto ambiental referente ao projeto offshore Sea Lion. A decisão final de investimento está pendente. Sea Lion corresponde à licença de produção PL032 da bacia. O capex bruto para o primeiro óleo é estimado em US$ 1,2 bilhão e a produção máxima seria de 55.000 b/d, mas pode ser aumentada para 80.000 b/d se o FPSO original for substituído por um maior.

A licença PLO32 foi concedida à Rockhopper em maio de 2005. A área e a licença de produção PLO33 eram detidas e perfuradas anteriormente pela Shell.

PLO32 e outras licenças deveriam expirar no mês que vem.

GUIA DO HIDROGÊNIO VERDE

Uma resolução obriga a SEC, agência reguladora de eletricidade e combustíveis do Chile, a publicar um novo guia de projetos de hidrogênio.

O documento será utilizado por desenvolvedores que buscam autorização da SEC para “projetos especiais de hidrogênio”.

O guia, que substituirá o original, foi elaborado para apoiar a harmonização do processo de autorização de projetos que se enquadram no escopo de um decreto de segurança de instalação de hidrogênio publicado em 2022, bem como daqueles que não se enquadram.

O decreto, que entrou em vigor este ano, abrange aspectos como projeto, construção, operação e manutenção.

O Chile tem cerca de 70 projetos de hidrogênio verde anunciados publicamente e vários estão em fase de avaliação ambiental. A SEC já emitiu várias autorizações.

Um plano de ação regulatória para o hidrogênio verde está sendo executado para apoiar o desenvolvimento deste setor emergente.

Um dos principais desafios hoje é garantir compradores e reduzir os custos de produção.

CONSULTA SOBRE BIOCOMBUSTÍVEIS

Uma consulta pública relacionada a uma proposta de mudança nas regras que estabelecem a proporção de álcool permitida na mistura de gasolina no Uruguai deve terminar em 25 de outubro.

O Ministério da Energia do Uruguai instruiu o regulador de água e energia Ursea a analisar o estabelecimento de um valor máximo de 12%.

A mudança exigiria ajustes nas regras de especificação técnica, tema da consulta pública.

Atualmente, a proporção mínima de etanol obrigatória na gasolina é de 8,5%. Nas bombas, a proporção gira em torno de 10%, segundo a imprensa local.

A empresa estatal de hidrocarbonetos Ancap tem uma unidade de biocombustíveis, a Alur.

O Uruguai importa o petróleo e o gás que consome e está trabalhando para estimular a eletromobilidade e construir um ecossistema de hidrogênio verde.

VISITA À CHINA

Representantes da empresa chinesa de serviços de hidrocarbonetos CCDC se reuniram com autoridades da província argentina de Mendoza.

Investimentos locais foram discutidos, informou o governo de Mendoza em um comunicado.

A CCDC é uma subsidiária da maior produtora de petróleo e gás da China, a CNPC. Na América Latina, a CCDC tem uma filial no Equador.

Mendoza está em processo de leilão de diversas áreas.

Em paralelo, a petrolífera nacional YPF está explorando a porção de 30% da formação de hidrocarbonetos não convencionais de Vaca Muerta que fica em Mendoza.

A província produziu 1,57 MMm³/d (milhões de metros cúbicos por dia) de gás em junho, de acordo com dados da Secretaria de Energia. Desse total, 1,43 MMm³/d foi convencional e o restante xisto e tight.

Em relação ao petróleo, a província produziu 9.033 m³/d, sendo 8.900 m³/d convencional e o restante xisto e tight.

Em todo o país, a produção de petróleo foi de 725.200 b/d (115.297 m³/d) em agosto, com produção de gás de 153 MMm³/d.

A maior parte do investimento em upstream está sendo direcionada à província de Neuquén, lar da maior parte de Vaca Muerta.