Giro de notícias: licenciamento de planta em Vaca Muerta, propostas para construção de gasoduto da YPF

LICENÇA AMBIENTAL

Visando expandir sua presença no setor de petróleo, a argentina Pampa Energía entrou com pedido de revisão ambiental para um projeto de uma planta de tratamento em Vaca Muerta.

A instalação está planejada para a concessão Rincón de Aranda, onde a Pampa – uma gigante do gás – está investindo para aumentar a produção.

A empresa apresentou um estudo de impacto ambiental à Subsecretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais da província de Neuquén, jurisdição que tem atraído a maior parte dos investimentos em upstream de petróleo e gás.

O núcleo do projeto é um módulo inicial de processamento de petróleo bruto de 3.500 mil m³/d (ou 22.014 b/d). Um segundo módulo de mesma capacidade pode ser adicionado se a produção exigir, conforme documento produzido pela consultoria Confluencia Ambiente & Seguridad (você pode acessá-lo na íntegra, em espanhol aqui). 

O óleo separado da água e do gás associado seria despachado por duto ou caminhão, enquanto o gás seria despachado por um futuro duto até a área de Tratayén.

A eletricidade para o projeto viria de geradores movidos a gás. A Pampa também planeja instalar capacidade de reserva de termelétricas a diesel.

A empresa informou que “há outros projetos associados que serão construídos em paralelo. Por exemplo, oleodutos, gasodutos, subestações, linhas de energia, poços de injeção, poços de produção. Os projetos acima serão apresentados em tempo hábil às autoridades.”

A produção de petróleo da Pampa – responsável por cerca de 5% da produção de hidrocarbonetos da empresa – foi de 5.400 b/d no segundo trimestre, um aumento interanual de 7%.

A Pampa espera que a produção de petróleo da empresa suba para cerca de 48.000 b/d em 2027, impulsionada por Rincón de Aranda, com a maior produção exigindo mais instalações e investimentos em logística.

De fato, a segunda fase do trabalho envolveria gastos em mais infraestrutura, afirma o documento.

CONSTRUÇÃO DE OLEODUTO

Mais de sete partes concorreram para construir o segundo trecho do oleoduto de exportação de petróleo Vaca Muerta Sur, da estatal de hidrocarbonetos YPF, informou o La Nación.

O trecho de 437 km será executado entre Allen, na província de Río Negro, e um futuro terminal de exportação na costa da jurisdição. A infraestrutura deve entrar em serviço no segundo semestre de 2026, com uma taxa de capacidade de 180.000 b/d. Espera-se que suba para cerca de 500.000 b/d em 2027 e cerca de 700.000 b/d a partir de 2028, se houver demanda.

As partes Sacde–Techint, Pumpco e BTU estão entre os licitantes, segundo a reportagem. Os contratos devem ser assinados neste semestre e o projeto seria construído sob o Regime de Incentivo a Grandes Investimentos (Rigi).

As obras já começaram no primeiro trecho de US$ 200 milhões e 128 km, entre Añelo, na província de Neuquén, e Allen, onde, enquanto isso, a produção poderia ser injetada no sistema Oldelval, que conecta a localidade às instalações de exportação na província de Buenos Aires e está sendo expandido. A construção do primeiro trecho pode ser concluída até a virada do ano. Espera-se que a capacidade associada atinja 350.000 b/d no primeiro semestre de 2025 e suba para 450.000 b/d até o final de 2026.

 CRÉDITO: YPF. VMS = Vaca Muerta Sur; OTASA + VMN = Duto de exportação da Otasa para o Chile mais o gasoduto alimentador Vaca Muerta Norte; PROC REF LC & PH = nível de processamento nas refinarias Luján de Cuyo e Plaza Huincul; OLDELVAL = Infraestrutura Oldelval. Valores em KBBL/D.

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