Giro de notícias: licenciamento para projetos de energia no Chile, análise de parques eólicos na Argentina

Nos últimos dias, uma série de projetos de energia, envolvendo investimentos combinados de cerca de US$ 800 milhões, foram submetidos para revisão ambiental ou aceitos para processamento no Chile.

O maior deles é o parque eólico Quebrada Locayo, da EDF, estimado em US$ 396 milhões e planejado para a região de Coquimbo. A iniciativa envolve 240 MW de capacidade instalada e um sistema de bateria de 300 MWh. Uma vez aceito para processamento, o projeto deverá começar a ser construído em outubro de 2026.

O Serviço de Avaliação Ambiental (SEA) também aceitou processar o projeto de armazenamento autônomo em baterias La Isla, de US$ 300 milhões, protocolado pela Parsosy Inti e planejado para a região de Valparaíso. A iniciativa envolve a instalação de 250 MW de baterias com capacidade de injeção de cinco horas, para um total de 1,25 GWh. A construção deverá começar em novembro de 2025.

Outro projeto protocolado é o parque solar fotovoltaico Layla de Verano, de 144 MW. Sob propriedade da Verano Energy e planejado para a região de O'Higgins, o projeto de US$ 98 milhões também envolve a instalação de 600 MWh de capacidade de bateria. Os trabalhos de construção estão previstos para setembro de 2028.

ARGENTINA

A província argentina de Chubut e uma unidade de energias renováveis da TotalEnergies assinaram um acordo para impulsionar conjuntamente um parque eólico planejado de 200 MW.

Batizado de El Escorial, o parque permitiria à província alcançar soberania energética e reduzir custos, informou o governo provincial em comunicado.

O acordo abrange trabalho de análise de projetos sob uma aliança estratégica.

A Total buscou capacidade de despacho prioritária para El Escorial em um leilão correspondente ao segundo trimestre deste ano, mas não foi listada entre os vencedores. A capacidade de despacho prioritário é buscada por projetos renováveis que buscam participar do mercado a termo, conhecido como Mater, no qual geradores renováveis vendem a produção para grandes consumidores, como fábricas.

A empresa tem um parque eólico em Chubut (Malaspina, de 50 MW), juntamente com ativos eólicos nas províncias de Buenos Aires (Mario Cebreiro, 100 MW) e Santa Cruz (Vientos Los Hércules, 97,2 MW), e com uma usina solar na província de San Luis (Caldenes del Oeste, 30 MW). Um parque solar fotovoltaico de 14MW, denominado Amanacer, está em fase de construção na província de Catamarca.

A Total adquiriu Mario Cebreiro no ano passado, sob um acordo de troca de ativos com a Pampa Energía, que obteve uma participação de 45% no bloco de petróleo Rincón de Aranda, dando à Pampa a propriedade total da licença. A Pampa está investindo para estimular a produção de petróleo no bloco.

Chubut tem grande potencial eólico. Um projeto híbrido eólico-diesel foi instalado em 1989, seguido por parques eólicos padrão. A província conta hoje com 21 parques eólicos, muitos deles agrupados em complexos multifásicos.

A produtora de alumínio Aluar vem impulsionando o crescimento da capacidade eólica instalada em Chubut, usando a produção para descarbonizar as operações e para venda no Mater.