Giro de notícias: projeto de lei de subsídios, linha de transmissão de US$ 1 bi, projetos de energia por US$ 800 mi e compra de parque eólico

PROJETO DE LEI DE SUBSÍDIO

O projeto de lei de subsídios do governo chileno foi aprovado no Congresso.

Os legisladores de uma comissão aprovaram os pilares de financiamento para um programa de subsídio temporário destinado a clientes vulneráveis afetados pelo recente descongelamento das tarifas.

A proposta também estabelece medidas para incentivar a instalação de sistemas solares em telhados.

Os membros da comissão de energia e mineração da Câmara dos Deputados aprovaram um pilar controverso, que envolve o uso de parte da receita das plantas de geração distribuída PMGD do país, que já recebem um subsídio de fato, juntamente com outro pilar que utiliza o IVA obtido a partir das contas mais altas que começaram ser enviadas aos clientes. Recentemente, foi aprovado outro pilar que aumenta o imposto sobre as fontes fixas de emissões de carbono de US$ 5/t para US$ 10/t.

O projeto de lei segue para o comitê de finanças da Câmara antes de ser enviado para o Senado.

PROJETO DE TRANSMISSÃO

Um projeto argentino de transmissão de US$ 1,15 bilhão será leiloado para o setor privado, informou o meio de comunicação local Clarín.

Destinada a beneficiar a província de Buenos Aires, a linha AMBA 1 reforçará a rede e apoiará a incorporação de nova capacidade de energias renováveis.

Os consumidores finais arcariam com o custo e uma resolução associada – estabelecendo a prioridade do componente do projeto e o mecanismo de financiamento – deve ser publicada, possivelmente dentro de alguns dias. A última administração havia indicado que o State Grid da China financiaria o trabalho.

Em um relatório, a associação de energia eólica da Argentina, CEA, destacou que o AMBA 1 era um projeto-chave. O principal componente é a linha de 500 kV Vivoratá-Plomer, que ajudaria no fornecimento à área metropolitana de Buenos Aires, ou AMBA, ao permitir a integração de 1.000 MW de nova capacidade de energia eólica no corredor Bahía Blanca-AMBA.

Parte da rede elétrica da Argentina está congestionada, o que limita a incorporação de nova energia limpa.

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A demanda por transmissão na Argentina provém de duas frentes principais: obras para reforçar a rede e aumentar a capacidade, e projetos para transportar energia limpa até as minas, muitas localizadas nas altas montanhas dos Andes.

O governo marcou identificou a transmissão como prioridade máxima. O desafio agora é elaborar uma estrutura que permita investimentos e financiamentos privados.

PROJETOS DE ENERGIA

O pipeline de projetos de geração de energia e armazenamento autônomo em fase de licenciamento no Chile continua a crescer.

A agência de revisão ambiental SEA recebeu, nos últimos dias, projetos com um investimento combinado superior a US$ 800 milhões. 

O maior é o parque solar fotovoltaico Pullalli, na região de Valparaíso, de US$ 350 milhões, planejado pela Cerro Blanco. O projeto envolve a instalação de 336 MW de capacidade solar fotovoltaica e um sistema de armazenamento em baterias composto por 522 unidades, com duração de descarga de 4 a 5 horas. A capacidade do contêiner de bateria é de 2.752 kWh, de acordo com documentos protocolados na SEA. A construção está prevista para começar em julho de 2027. 

O segundo maior é o projeto de planta de armazenamento autônomo de baterias e linha de transmissão Metropolitana, de US$ 225 milhões, planejado para a região metropolitana de Santiago pela Eoliasur. O projeto, com início de construção previsto para julho de 2026, envolve a instalação de 333 MW de baterias com duração de injeção de quatro horas.

O próximo é o projeto eólico Vientos del Lago de US$ 200 milhões da OPD Energy. Planejado para a região de Los Lagos, o projeto envolve a construção de 132 MW de capacidade. A instalação de um sistema de bateria está sendo considerada, de acordo com documentos de revisão arquivados.

O menor projeto é o de armazenamento autônomo em baterias Algol, avaliado em US$ 45 milhões, planejado para a região de O'Higgins pela Sphera Energy. Com capacidade de 65 MW e duração de injeção de 5 horas, a construção da planta está prevista para começar em abril de 2027. 

FUSÕES E AQUISIÇÕES EÓLICAS

A empresa de hidrocarbonetos Pluspetrol adquiriu parques eólicos no Uruguai com capacidade instalada combinada de 170 MW.

Os ativos, os parques eólicos Cerro Grande e Peralta I e II, pertencem aos fundos DIF Infrastructure V e DIF Infrastructure VI, administrados pela CVC DIF.

A Pluspetrol disse em um comunicado: “A aquisição desses parques eólicos marca o primeiro passo da Pluspetrol no setor de geração de energia renovável e faz parte de sua estratégia de diversificação e investimento em fontes de energia sustentáveis. A Pluspetrol continuará a explorar oportunidades relacionadas à transição energética, reafirmando seu compromisso de promover o desenvolvimento de energia sustentável para o bem-estar das gerações atuais e futuras”.

A sede administrativa da Pluspetrol fica no Uruguai. No segmento upstream da América Latina, a empresa opera na Argentina, Equador e Peru.

Na Argentina, a Pluspetrol e a empresa petrolífera estatal YPF esperam investir até US$ 9 bilhões no bloco La Calera, no campo de gás de xisto Vaca Muerta, até 2027. La Calera é um dos maiores blocos de gás em produção em Vaca Muerta.

A Pluspetrol, que adquiriu ativos de xisto da ExxonMobil, figura entre as cinco maiores produtoras de petróleo e gás de Vaca Muerta.