Giro de notícias: venda da empresa María Elena Solar, projetos de energias renováveis de US$ 500 mi e adesão à lei de GD

MARÍA ELENA SOLAR

A holding chilena Copec adquiriu os ativos da empresa de energia María Elena Solar após um processo de liquidação.

A Copec, cujas unidades atuam em áreas como varejo de combustíveis, geração distribuída (GD), armazenamento de energia, eletromobilidade e logística, está adquirindo o parque fotovoltaico Granja Solar, de 123 MW, na região de Tarapacá, além de uma subestação e uma linha de transmissão de 23 km associadas.

“Esse investimento está alinhado com a estratégia da Copec de oferecer aos clientes um portfólio de serviços energéticos que permitirá que a empresa atenda suas necessidades e os apoie, de forma eficiente, na transição energética”, afirmou a Copec em um comunicado.

Uma unidade da espanhola Solarpack, a companhia María Elena Solar faliu no ano passado em meio a uma combinação de fatores como cortes na geração e dissociação de preços, que impactou a capacidade de serviço da dívida.

Juan Tagle, sócio e diretor de prática de energia do escritório de advocacia chileno Prieto, disse recentemente que potenciais compradores estavam considerando a incorporação de armazenamento de energia no projeto Granja Solar para aumentar a lucratividade.

PROJETOS DE ENERGIAS RENOVÁVEIS APROVADOS

Três projetos de energia renovável com um preço combinado de US$ 500 milhões receberam uma licença ambiental no Chile esta semana.

O maior o projeto, por desembolso necessário, é a iniciativa de energia solar fotovoltaica e armazenamento Parina Solar, planejado pela Statkraft para a região de Antofagasta e avaliado em US$ 248 milhões. Parina envolve um parque solar de 248 MW e 348 módulos de armazenamento em baterias com capacidade de 2,08 MWh cada, com duração de injeção estimada de quatro horas, de acordo com documentos enviados ao serviço de avaliação ambiental SEA.

Com um preço de US$ 130 milhões, Los Alpes faz parte do portfólio Alpaca da Atlas Renewable Energy. As obras envolvem a instalação de 106 MW de capacidade eólica na região de La Araucanía.

O projeto Terrazas, de US$ 120 milhões, o terceiro maior aprovado esta semana em termos de valor, planejado pela Andes Mainstream, envolve a instalação de 167 MW de capacidade solar fotovoltaica na região de Coquimbo, juntamente com um sistema de bateria com duração de injeção de seis horas, segundo documentos da empresa.

GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

A província argentina Santa Fé aderiu à lei federal de geração distribuída nº 27.424.

Os usuários geradores sob a estrutura são elegíveis para isenção de imposto de renda e IVA sobre as receitas obtidas com a injeção de eletricidade na rede, de acordo com o portal de geração distribuída da Secretaria de Energia.

Pioneira na geração distribuída, Santa Fé já conta com um programa para os usuários geradores, conhecido como ERA e administrado pela empresa provincial de energia EPE. Oferecendo um regime especial de taxa de injeção, o ERA está aberto a usuários com instalações solares, eólicas e de biomassa.

A legislação aprovada na jurisdição também estabelece que os novos edifícios públicos provinciais devem ter algum tipo de sistema de geração de energia renovável.

A capacidade instalada de geração distribuída da Argentina sob a lei nº 27.424 aumentou 63,7%, para 30,7 MW, no ano passado, segundo dados da Secretaria de Energia.

No final de fevereiro, a capacidade tinha aumentado para 35,2 MW, correspondendo a 1.679 usuários geradores em 15 províncias participantes.

A província de Córdoba é responsável pela maior parte da capacidade instalada de geração distribuída de acordo com a lei, com 14,5 MW.

A redução dos subsídios à eletricidade na Argentina e o impacto que isso poderia ter nos preços de compra e injeção podem estimular a adoção de sistemas de geração distribuída.