Gold Fields pretende estabelecer operações no Brasil e na Argentina

A mineradora sul-africana Gold Fields, com operações de ouro no Peru e no Chile, considera o Brasil e a Argentina destinos interessantes para realizar a exploração de mineração.

O Brasil conseguiu manter a estabilidade regulatória, enquanto as províncias argentinas se tornaram mais abertas à mineração, disse Luis Rivera, vice-presidente executivo para as Américas, em entrevista ao Instituto de Engenheiros de Minas do Peru.

“Apesar dos altos e baixos das últimas décadas, o Brasil provou ser um país com uma legislação federal segura e com uma legislação estadual capacidade confirmada de operar por décadas sem grandes contratempos. As grandes mineradoras já atuam no país e ele oferece a estabilidade jurídica que todos nós buscamos”, observou.

“Na Argentina, os desafios para a repatriação de capitais ainda persistem; mas as províncias, no norte em partes do sul, provaram ser pró-mineração”, acrescentou.

A Gold Fields tem interesse em áreas do cinturão de Jacobina, na Bahia, e vê potencial na Argentina, nas províncias de Salta, Jujuy e Catamarca.

OPERAÇÕES ATUAIS

A Gold Fields está otimista em relação ao Peru e ao Chile. A produção do projeto de ouro Salares Norte, de US$ 1 bilhão, no Chile, está programada para iniciar em abril.

“Estamos explorando em torno de Salares, que consiste em um programa de exploração de 20 mil metros por ano. Temos também o projeto Horizonte que, embora não seja tão rico quanto o primeiro, apresenta níveis interessantes de ouro e prata. Também temos os projetos Laderas e Azucenas um pouco mais ao norte”, explicou Rivera.

No Peru, a empresa destinará US$ 20 milhões para as atividades exploratórias. “Na região de Moquegua, temos muitos hectares e os modelos geológicos indicam que são depósitos de alta sulfetação, como os do norte do Chile. “Estamos muito entusiasmados com essas propriedades”, comentou o executivo.

A Gold Fields começará as perfurações no Peru assim que obtiver as licenças.