Governo cessante teria investido US$ 11,7 bi em infraestrutura, impulsionando a inovação no setor de construção do Uruguai

O governo cessante do Uruguai investiu US$ 11,7 bilhões em infraestrutura desde 2020, o que acelerou a inovação no setor de construção local, afirmou o ministro dos Transportes e Obras Públicas, José Luis Falero.

“Não nos prendemos às metodologias tradicionais. Tudo relacionado a inovação e novos equipamentos nos permitiu avançar e acreditar que também é possível inovar no Uruguai, não apenas para permitir concluir projetos mais rapidamente, mas também para nos fazer sentir orgulhosos de nossas realizações”, declarou Falero durante a abertura de uma conferência de inovação em construção organizada pela Câmara da Construção do Uruguai (CCU).

Falero citou a adição de 10 novas usinas de mistura de asfalto nos últimos cinco anos, bem como três usinas de concreto capazes de instalar concreto armado rapidamente.

“Esse progresso se deve a uma decisão política, mas também ao comprometimento do setor privado”, acrescentou o ministro.

Em termos de processos específicos, Falero destacou o uso do sistema building information modeling (BIM) durante a construção do hospital Del Cerro (US$ 16 mi), no oeste de Montevidéu, e observou que este modelo está sendo integrado a outros projetos.

“Padronizar processos de construção em certas áreas deve se tornar um passo natural para nós em um futuro próximo. Não podemos continuar começando projetos do zero quando já temos exemplos claros e bem-sucedidos que podem ser replicados”, afirmou Falero.

Outros esforços do Ministério dos Transportes e Obras Públicas (MTOP) incluem uma avaliação de risco de toda a rede rodoviária do país usando software fornecido pelo Programa Internacional de Avaliação de Estradas (iRAP), uma organização sem fins lucrativos, que começou a coletar dados em agosto.

O ministério de Falero também concluiu a automação de todos os postos de pedágio do país no início deste ano, após um esforço de dois anos.

CAMPANHA

O atual governo passará o poder para a nova administração em 1º de março, após as eleições gerais de 27 de outubro.

Pesquisas mostram o ex-prefeito de Canelones, Yamandú Orsi, que representa a coalizão de oposição de esquerda Frente Ampla, como o favorito, embora ele permaneça abaixo do limite de 50% necessário para evitar um segundo turno em 24 de novembro.

Acredita-se que seu oponente mais provável no segundo turno seja o ex-secretário da presidência Álvaro Delgado, que representa o partido governista de centro-direita Partido Nacional.

Independentemente do vencedor, espera-se que o próximo presidente não faça nenhuma mudança radical na economia.