Greve na mina de cobre peruana Las Bambas está perto do fim

O conflito mais recente na mina de cobre Las Bambas, no Peru, deve ser resolvida nesta quarta-feira (29).

Terminada a greve por tempo indeterminado dos trabalhadores da operação na região de Apurimac para exigir uma melhor distribuição dos lucros, as atividades seriam retomadas na quinta-feira (30).

A Minera Las Bambas, da chinesa MMG, disse à BNamericas que o sindicato MMG SUTEMLB já enviou uma carta ao Ministério do Trabalho comunicando o fim da greve.

CONTEXTO

No dia 20 de novembro, os trabalhadores da empresa convocaram uma primeira greve após os bons resultados da empresa no segundo trimestre.

“No segundo trimestre de 2023 atingimos um nível recorde de vendas de cerca de 417 mil toneladas de concentrado de cobre, incluindo a venda de quase todos os estoques que estavam no porto, e a redução dos estoques contribuiu com cerca de 43% da receita de vendas”, afirmou a MMG no relatório de resultados do semestre.

No primeiro semestre, as vendas totalizaram US$ 1,48 bi, valor muito superior aos US$ 804 milhões do mesmo período de 2022.

A Minera Las Bambas disse ao sindicato que a Apurimac receberá royalties minerários equivalentes a 50% do imposto de renda pago pela empresa. Apesar disso, a MMG SUTEMLB convocou para segunda-feira (27) uma greve por tempo indeterminado, que não teve grande participação, embora as autoridades laborais a considerassem mesmo ilegal.

“Há cerca de 1.000 trabalhadores sindicalizados, mas apenas cerca de 120 protestaram. Como nem todos participaram, [uma greve de curto prazo por tempo indeterminado] foi acordada e agora eles vão negociar”, disse um representante de Las Bambas ao BNamericas.

Quanto ao futuro da nova cava de Chalcobamba, “a situação continua a mesma de meses atrás”, segundo o porta-voz. A mina espera chegar a um acordo entre dezembro e janeiro com a comunidade de Huancuire – que está bloqueando a cava – visando iniciar os trabalhos em abril. A produção deve começar entre julho e agosto.