Greve no Ibama pode atrasar obras da Karoon

Uma greve no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pode atrasar o início das obras de intervenção no poço SPS-88 da Karoon, no campo de Baúna, na bacia de Santos, informou a empresa na última terça-feira (25).

A paralisação, iniciada em 24 de junho, deve se estender até o dia 1º de julho, abrangendo as atividades do Ibama em 21 estados, incluindo São Paulo, escritório responsável pelo campo de Baúna.

Os servidores do órgão regulador, assim como os do Ministério do Meio Ambiente (MMA), exigem aumento salarial e reestruturação de cargos.

Enquanto isso, o guidance de produção de Baúna para 2024 segue inalterado, entre 7,5-9,0 MMb (milhões de barris) de petróleo, já que a empresa australiana ainda espera que o poço SPS-88 entre em operação no terceiro trimestre deste ano.

O custo total da intervenção no SPS-88 está estimado em US$ 20-30 milhões.

A produção de Baúna foi retomada em 11 de junho, após uma parada programada para manutenção anual de três semanas.

A produção atingiu o pico de mais de 31.000 b/d em 13 de junho e a previsão é que se estabilize em aproximadamente 25.000 b/d de petróleo antes do declínio natural.

Com base nos níveis atuais de produção, a Karoon espera que a produção do campo de Baúna fique entre 1,3 MMb e 1,4 MMb no segundo trimestre.

O programa de manutenção continua no FPSO após o desligamento. A expectativa é que a confiabilidade do FPSO melhore durante o restante de 2024, de acordo com a Karoon.