Guiana e Suriname podem fornecer 12 mmtpa de GNL com custos competitivos na década de 2030, de acordo com a Wood Mackenzie

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Por Wood Mackenzie

LONDRES, HOUSTON, CINGAPURA, 4 de novembro de 2024 - Vários desenvolvimentos de gás estão em andamento na Guiana e no Suriname que podem oferecer novas fontes competitivas de fornecimento de GNL no início da próxima década, de acordo com um novo relatório da Wood Mackenzie.

De acordo com o relatório da Wood Mackenzie “Can Guyana and Suriname LNG compete against new global supply?”, Guiana e Suriname podem fornecer até 12 milhões de toneladas métricas por ano (mmpta) de GNL na próxima década.

O cluster Haimara da Guiana e o Bloco 52 do Suriname (Sloanea) são estimados pela Wood Mackenzie como detentores de 13 trilhões de pés cúbicos (tcf) de gás não associado descoberto. Essas fontes poderiam fornecer esse suprimento potencial de GNL a um ponto de equilíbrio, excluindo custos de transporte e regaseificação, de cerca de US$ 6/mmbtu (ponto de equilíbrio FOB NPV10). Os resultados econômicos positivos são apoiados pela alta produtividade dos poços e parceiros upstream experientes na comercialização de GNL.

Fonte: Wood Mackenzie

Isso ocorre em um momento em que o mercado global ainda precisa de 105 mmtpa de GNL pré-decisão de investimento final (pré-FID) para preencher a lacuna entre oferta e demanda até 2035, de acordo com o relatório.

“Os projetos da Guiana e do Suriname estão se consolidando em um momento interessante”, disse Amanda Bandeira, analista de pesquisa, Latin America Upstream Oil and Gas para a Wood Mackenzie. “O domínio do GNL dos EUA e do Catar está crescendo rapidamente, mas há uma janela de fornecimento em meados da década de 2030, vinda em parte da pausa do presidente dos EUA, Biden, na aprovação de novos projetos de exportação de GNL dos EUA.

“Neste ambiente, Guiana e Suriname podem oferecer uma nova fonte de suprimento de GNL com custo competitivo e servir como fornecedores regionais, mantendo vantagem nos custos de transporte para atender à demanda do Caribe e da América do Sul. Eles também estão no mesmo nível dos projetos do Golfo dos EUA e da África Ocidental para entregar aos principais centros de demanda no Sudeste Asiático.”

Fonte: Wood Mackenzie

No entanto, esses desenvolvimentos enfrentam incertezas, pois a estrutura comercial e os termos fiscais permanecem obscuros.

“No Suriname, ainda não há termos definidos para desenvolvimentos de gás não associados, mas esperamos que este projeto avance rapidamente – com o primeiro gás em 2031 – já que o governo e os parceiros do projeto concordaram com uma redução de impostos de 10 anos”, disse Luiz Hayum, analista principal da Latin America Upstream. “Na Guiana, o alinhamento do governo e dos parceiros upstream em termos fiscais e estrutura comercial está menos avançado, e quaisquer disputas podem atrasar o primeiro gás do projeto para além de 2031.”