Hidrogênio verde: ‘O lado da demanda é o grande obstáculo’

À medida que os projetos de produção de hidrogênio verde e derivados ganham força na América Latina, o estímulo à demanda se mostra um desafio fundamental a ser superado.

O Chile, pioneiro na região, já conta com uma usina piloto em operação, e uma segunda unidade deve entrar em fase de licitação este ano.

Diversos projetos, alguns voltados para offtakers domésticos e outros para o mercado de exportação, foram anunciados na região. No entanto, também é necessário trabalhar para garantir que haja compradores para a produção.

“O lado da demanda é o grande obstáculo”, apontou Francisca Salas (foto), diretora do programa de hidrogênio e descarbonização da empresa norte-americana New Energy Events, em entrevista à BNamericas.

“E essa é uma questão global, não só regional. Muitas indústrias que deveriam estar em transição para o H2 não estão encontrando incentivos para fazer isso. Por outro lado, as indústrias que estão explorando opções muitas vezes adotam uma abordagem cautelosa, avançando sem a urgência necessária”.

Alguns projetos no Chile são voltados para o setor de mineração local, que está buscando a descarbonização por meio do uso de hidrogênio em vez de diesel como combustível. Em termos de exportação, a amônia verde está ganhando força devido à relativa facilidade de transporte.

Entre os dias 13 e 15 de junho, a New Energy Events realizará no Rio de Janeiro seu terceiro congresso de hidrogênio para a América Latina e o Caribe, o H2LAC 2023. O coanfitrião do evento é o banco de desenvolvimento regional BID.

A BNamericas publicará a entrevista completa com Salas nesta sexta-feira (14).