Hidroituango obtém aprovação em últimos testes e inicia operações

A Empresas Públicas de Medellín (EPM) iniciou as operações comerciais em sua usina de Hidroituango, há muito atrasada, após concluir os testes finais das duas primeiras unidades de geração.

A usina no noroeste da Colômbia começou a fornecer fornecimento contínuo de eletricidade de 600 MW de capacidade para a rede nacional, quatro anos depois do planejado originalmente.

“Conseguimos. Conforme prometido, conectamos Hidroituango à rede”, disse o prefeito de Medellín, Daniel Quintero, em um post nas redes sociais. “A partir deste momento deixa de ser um projeto e passa a ser a Usina Hidrelétrica de Ituango, que irá gerar energia para todo o país.”

O anúncio ocorreu após testes de simulação bem-sucedidos com carga máxima de energia na quarta-feira (14), disse a EPM em um comunicado.

O exercício exigiu a evacuação preventiva de cerca de 4,2 mil pessoas dos municípios de Ituango, Briceño, Tarazá e Valdivia, localizados a jusante do reservatório da usina no rio Cauca.

A EPM explicou que os testes foram conduzidos sob a supervisão da agência nacional de gestão de riscos de desastres (Dagran), da autoridade de licenciamento (ANLA) e do gabinete do procurador-geral, entre outras entidades públicas.

“Estas duas unidades de Ituango nos permitem superar os 4.000 MW de energia que a EPM já gera hoje, os quais que representam energia limpa e de alta qualidade que contribui para a competitividade e produtividade do país”, afirmou o chefe de geração de energia da EPM, Carlos Orduz.

No final do mês passado, a EPM disse que evitou a perspectiva de multas multimilionárias após declarar o projeto problemático pronto para operações comerciais.

O anúncio veio poucas horas antes do prazo imposto pela Comissão Reguladora de Energia e Gás (Creg) para que as duas primeiras turbinas estivessem disponíveis.

Localizada no departamento de Antioquia, Hidroituango sofreu uma série de problemas de construção que se tornaram aparentes quando um túnel auxiliar desabou em abril de 2018, oito meses antes do início das operações da usina.

A EPM, cujo acionista majoritário é a cidade de Medellín, pretende concluir o projeto em 2024, fornecendo 17% da demanda de eletricidade da Colômbia a partir de oito unidades, totalizando 2.400 MW.

O custo total do projeto deve chegar a 18 trilhões de pesos (US$ 3,79 bi) no melhor cenário, representando um excesso de cerca de 7 trilhões de pesos em seu orçamento original.