Honduras avança projeto de presídio em alto mar

Apesar das alegações de que irá causar danos ambientais e ser inviável, o governo hondurenho está avançando com os planos de construir uma prisão de segurança máxima nas Ilhas Cisne.

Segundo relatos da mídia local, as forças armadas hondurenhas – que supervisionarão a construção e serão responsáveis pelo processo de licitação – informaram nos últimos dias que o Ministério da Defesa possui uma lista de 12 empresas interessadas em participar do processo. Contudo, nenhum nome foi divulgado.

“A apresentação das propostas [no âmbito do processo de pré-qualificação] está prevista para segunda-feira [5] e são 12 empresas no total”, declarou o comandante da polícia militar hondurenha, Ramiro Muñoz, ao La Prensa.

Engenheiros e especialistas em construção afirmam que o projeto custará aproximadamente US$ 800 milhões devido ao transporte de materiais e pessoal para as ilhas, que ficam a 250 km do continente. No entanto, um novo estudo supostamente realizado pelo governo indica que o investimento não seria superior a US$ 80 milhões.

O governo teria supostamente ignorado o impacto ambiental do projeto. Segundo o La Prensa, qualquer dano ambiental causado durante a construção seria de responsabilidade dos empreiteiros.

A emissora estatal Canal 8 informou que a licença ambiental, que causou vários atrasos, foi aprovada há um mês. A licença, bem como o projeto e os estudos biológicos e marítimos fazem parte da primeira etapa do projeto. A segunda fase compreenderia a construção da estrutura e de um parque solar para geração de energia, além de estações de tratamento de águas residuais.