Honduras propõe corredor ferroviário interoceânico de US$ 20 bi a autoridades dos EUA

O governo hondurenho apresentou às autoridades norte-americanas um projeto para construir um corredor ferroviário interoceânico que custaria até US$ 20 bilhões, na esperança de atrair interesse em investimentos.

Esta semana, uma delegação hondurenha reuniu-se com Jose W. Fernandez, subsecretário de Crescimento Econômico, Energia e Meio Ambiente do Departamento de Estado dos EUA.

O projeto “promete ser um motor de crescimento para Honduras e para a região. Os EUA valorizam muito a nossa parceria com Honduras e esperamos novas formas de melhorar os nossos laços bilaterais”, disse ele no X (antigo Twitter).

O grupo hondurenho era liderado por Enrique Reina, ministro das Relações Exteriores; Héctor Zelaya, secretário da Presidência e filho da presidente Xiomara Castro; e pelo embaixador hondurenho nos EUA, Javier Bu Soto.

Zelaya preside a comissão de construção do projeto, declarado de interesse nacional por Castro apesar das acusações de falta de transparência e nepotismo, uma vez que lhe foi concedido o poder de outorgar contratos sem licitação.

Durante a primeira semana de abril, Octavio Pineda, ministro hondurenho de Infraestrutura e Transportes, disse que o atual governo só terá tempo para realizar estudos de pré-viabilidade no final de 2025.

Outros países divulgados como possíveis interessados no projeto incluem China, Japão, Coreia do Sul e Espanha.

O corredor poderia ser construído em duas etapas e levaria até 20 anos para ser concluído. A primeira etapa levaria de 2 a 5 anos e envolveria a reforma das linhas ferroviárias entre o porto de Cortes, na costa caribenha, e a área de San Pedro Sula, bem como melhorias na rodovia CA-5 para se preparar para o aumento do tráfego de carga de um porto seco em La Barca para outro em Goascorán.

Outros 80 km de trilhos seriam construídos para transportar carga de Goascorán até um novo porto planejado para Amapala, na costa do Pacífico.

A segunda etapa implicaria uma nova ligação ferroviária entre o porto de Castilla, na municipalidade de Trujillo, e o porto de Amapala. A conclusão desta fase levaria cerca de 10 a 15 anos.