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IBM: qualquer regulamentação de IA deve permitir inovação

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IBM: qualquer regulamentação de IA deve permitir inovação

A gigante tecnológica norte-americana IBM argumenta que qualquer regulamentação da inteligência artificial (IA) no Brasil deve ser bem pensada para que a inovação não seja prejudicada e as aplicações empresariais de IA sejam separadas do uso individual.

“No contexto de IA generativa, temos uma obsessão por ética e por segurança. Procuramos levar para as autoridades esse conceito. E procuramos fazer essa separação do que é a IA para o mundo em geral e a IA para os negócios”, afirmou Fábio Mucci, líder de segurança da IBM Brasil, em resposta a uma pergunta da BNamericas durante entrevista coletiva na quinta-feira (18).

A empresa está direta e indiretamente envolvida em discussões com autoridades brasileiras sobre IA.

Indiretamente, a empresa tem trabalhado com a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom) e, diretamente, tem interagido com o governo por meio de seu departamento de assuntos regulatórios em Brasília, em diversos contextos.

“Estou muito próximo na discussão de IA em Brasilia, com os ministérios. Existe uma preocupação com respeito ao limite de se regulamentar o tema”, afirmou Mucci. “Existe uma linha tênue entre regular demais e deixar a tecnologia crescer e evoluir.”

O Brasil está atualmente discutindo uma proposta para regulamentar a IA, via projeto de lei  apresentado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no ano passado.

No final de 2023, as sessões e audiências do grupo de trabalho criado pelo Senado para discutir a proposta foram prorrogadas por mais alguns meses. O adiamento atendeu a pedidos de empresas de tecnologia, que queriam mais tempo para discutir o assunto.

Jorge Sukarie, membro do conselho da Associação Brasileira de Empresas de Software (Abes), afirmou à BNamericas esta semana que a regulamentação não pode ser apressada. Ele comparou o tema aos vários anos de discussão que levaram à aprovação, em 2014, do Marco Civil da Internet no Brasil.

No final do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva emitiu um decreto criando uma nova política nacional de segurança cibernética, bem como o Comitê Nacional de Cibersegurança (CNCiber). Este último será presidido pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI).

Na semana passada, o governo lançou apelos para que a composição do resto da comissão inclua membros da sociedade civil; instituições científicas, tecnológicas e de inovação; e empresas, com uma cadeira cada.

“Um dos temas que estamos discutindo ativamente ali no âmbito dos primeiros dias do CNCiber é justamente sobre IA generativa, em cima do contexto de segurança, e acho que em breve vamos ter novidades sobre isso”, explicou Mucci aos repórteres.

De uma perspectiva de segurança mais ampla, Mucci acredita que a IA generativa não deveria trazer mudanças significativas no crime cibernético como acontece hoje. No entanto, ele ganhará escala.

Entre as principais ameaças citadas, algumas das quais já conhecidas, as que deverão crescer incluem esquemas de phishing alimentados por IA, descodificação acelerada de computação quântica e LLM (modelos de linguagem grandes) maliciosos, ou “FraudGPT”.

O “FraudGPT” está sendo descrito como uma ferramenta para criar malware indetectável na escrita de código malicioso.

SERVIÇOS PÚBLICOS

Além da regulamentação, Mucci defende avanços no uso da IA para agilizar os serviços prestados aos cidadãos.

A Dataprev, empresa brasileira de processamento de dados previdenciários e previdenciários, lançou esta semana a plataforma Atestmed. O sistema utiliza algoritmos de inteligência artificial para cruzar dados e digitalizar documentos enviados digitalmente por que busca seguro-doença.

Além de agilizar o processo, a Atestmed busca reduzir fraudes nos documentos, problema antigo no sistema previdenciário.

Mucci vê sinergias crescentes entre dados das empresas públicas Serpro, INSS, Receita Federal e Dataprev. No entanto, ele disse que muitos outros bancos de dados públicos do governo federal ainda carecem de integração.

“A gente olha para o contexto da máquina pública, para a imensidão de dados disponíveis, e esse é um caminho sem volta”, disse ele sobre a iniciativa da Dataprev.

“E eu acho que a utilização da IA generativa vai ajudar bastante”, concluiu.

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