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IHS planeja 400 novos sites e alienações de ativos no Brasil em 2025

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IHS planeja 400 novos sites e alienações de ativos no Brasil em 2025

A empresa de infraestrutura de telecomunicações IHS Towers planeja construir cerca de 400 novos sites na América Latina este ano e levantar até US$ 1 bilhão por meio de alienações de ativos globais, à medida que busca expandir sua presença e, ao mesmo tempo, melhorar a lucratividade, disseram executivos da empresa aos investidores durante uma teleconferência de resultados.

A expectativa da empresa para 2025 reflete uma perspectiva de negócios um pouco mais otimista em comparação com 2024, inclusive na América Latina.

Atualmente, a IHS opera principalmente no Brasil e na Colômbia. No ano passado, a empresa vendeu suas operações no Peru.

Todos os 400 novos sites planejados para a América Latina em 2025 serão construídos no Brasil, que compõe o segundo maior mercado global da IHS, com 8.326 torres. Essas novas torres representarão 80% dos 500 sites planejados em todo o mundo este ano. No entanto, as projeções gerais de construção para 2025 são menores do que as de 2024.

Assim como no Peru, as operações colombianas da IHS são relativamente pequenas, com apenas 253 torres – o menor portfólio entre os oito países onde o grupo opera. Os três principais clientes (locatários) da IHS são Claro, Tigo e Avantel. Esta última foi adquirida em 2021 pela WOM, que atualmente passa por um processo de reestruturação no país. A IHS detém uma participação de 2% no mercado colombiano de torres.

A empresa não revelou em quais mercados está atualmente negociando alienações de ativos. No entanto, ela reconheceu anteriormente a possibilidade de negociar suas operações na Colômbia, um mercado recentemente abandonado pela rival SBA.

No ano passado, relatórios indicaram que a IHS também estava buscando investidores para suas operações brasileiras. Contudo, o Brasil continua sendo o mercado mais forte da empresa, impulsionando grande parte de seu crescimento. No quarto trimestre de 2024, por exemplo, 217 das 313 novas torres construídas pela IHS no mundo estavam no Brasil.

A empresa está entre as construtoras de torres líderes no Brasil, com Vivo, Claro e TIM como suas principais locatárias. A IHS detém uma fatia de 12% do mercado brasileiro de torres.

PERSPECTIVA PARA O BRASIL

“O Brasil teve um pouco mais de fraqueza macroeconômica no último trimestre ou dois. Porém, mesmo lá, estamos vendo algumas dinâmicas fundamentais mudarem nos últimos seis a 12 meses, o que esperamos que leve a uma perspectiva muito mais positiva no curto prazo”, disse o CFO Steve Howden, referindo-se aos recentes desafios cambiais, de taxa de juros e inflação.

O otimismo cauteloso da empresa em relação ao Brasil está atrelado à conclusão das negociações envolvendo a transferência das torres da Oi para outras teles locais, além de uma nova onda de demanda ligada à expansão do 5G.

“Temos trabalhado com a Oi e também com algumas outras empresas de telecomunicações e isto está meio que chegando a uma conclusão agora. E o que estamos vendo é que muitas operadoras estão olhando para uma implementação substancial do 5G. Então, embora o Brasil e a América Latina tenham sido um pouco mais fracos nos trimestres, podemos ver para onde isso pode ir e é um quadro positivo de longo prazo”, acrescentou Howden.

DESINVESTIMENTOS

A IHS está “trabalhando duro” para atingir entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão em alienações de ativos no curto prazo.

Uma mistura de abordagens está sendo considerada. De acordo com Howden, o processo de desinvestimento pode envolver a venda de participações minoritárias em certos ativos, bem como saídas operacionais completas.

“Buscamos destacar o valor da IHS em relação ao desempenho do preço de suas ações. Estamos analisando uma série de oportunidades diferentes e manteremos as pessoas atualizadas”, explicou.

O CEO Sam Darwish explicou que a revisão estratégica da empresa é motivada em parte pela crença de que a IHS continua subvalorizada. “Vendemos alguns portfólios de ativos por quase três vezes os múltiplos que recebemos dos mercados públicos”, disse.

DESEMPENHO E PORTFÓLIO

No segmento da América Latina da IHS, torres e inquilinos cresceram 7,9% e 7,2%, respectivamente, na comparação anual no quarto trimestre de 2024.

A receita na América Latina, no entanto, caiu 18%, o que a empresa atribui a movimentos cambiais negativos e ao menor reconhecimento de receita da Oi após o processo de recuperação judicial da empresa de telecomunicações no início de 2024.

Apesar disso, Darwish afirmou que a exposição à operadora brasileira agora responde por menos de 1% do portfólio da IHS. Ele também observou que todos os contratos de torres da empresa foram renovados para a década de 2030, cobrindo entre US$ 12 bilhões e US$ 13 bilhões em receita contratada.

No final do quarto trimestre, a IHS relatou uma redução líquida de 846 torres em relação ao ano anterior (ou um aumento líquido de 896 torres ao excluir o impacto das alienações de torres no Kuwait e no Peru), elevando sua contagem total de torres para 39.229.

A IHS afirma ser a quinta maior empresa independente de torres do mundo em termos de número de unidades, depois de American Tower, Cellnex, GD Towers e SBA.

A empresa atribuiu o declínio geral principalmente à alienação de 1.678 torres no Kuwait e 64 no Peru.

Já a adição de 929 novos sites foi parcialmente compensada pela rotatividade de 250 torres – devido à troca de provedores por parte dos clientes – e pela desativação de 15 torres.

O capex anual da empresa caiu devido a menores despesas em todos os segmentos. Na América Latina, o declínio foi impulsionado pela redução de investimentos relacionados à fibra e pelo investimento em novos sites, apesar do forte ritmo de implantações no Brasil.

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