Incidentes na plataforma aumentam a pressão sobre a mexicana Pemex

A Pemex, empresa federal de petróleo e gás do México, está enfrentando um novo incidente, desta vez em sua plataforma Abkatún N1, no campo Abkatún-Pol-Chuc, na baía de Campeche.

No início deste mês, um incêndio na plataforma Nohoch, no campo Cantarell, deixou dois mortos e um desaparecido.

A Pemex ainda não reconheceu o incidente mais recente, mas os trabalhadores da plataforma disseram à mídia local que ocorreu uma explosão na quinta-feira (27) no centro de separação de baterias. Vítimas não foram relatadas.

Em entrevista coletiva horas antes da explosão, o CEO Octavio Romero Oropeza refutou as alegações de que um derramamento de óleo no campo Ek-Balam estava poluindo 400 km² e atingindo as costas de Tabasco e Campeche.

Ele disse que uma rachadura de 7 cm em uma das redes de dutos de 24 km do campo foi detectada e reparada em 18 dias, enquanto 76 b/d foram perdidos.

“Se for considerada a área de 467 km² que foi mencionada em alguns meios de comunicação, e assumindo uma espessura uniforme da camada de óleo de 1 mm na superfície do mar, a Pemex teria que ter derramado 3 milhões de barris”, afirmou.

Segundo Romero Oropeza, os reparos demoraram mais porque os esforços foram redirecionados para Cantarell, embora a rachadura tenha sido detectada em 3 de julho e as manchas de derramamento vistas em fotos ao redor de Ek-Balam fossem causadas por emissões de hidrocarbonetos naturais de Cantarell.

Os dados dos arquivos ESG da Pemex com números médios de acidentes trimestrais mostram que tanto a frequência quanto a gravidade dos acidentes aumentaram em 2000-22, com o primeiro trimestre deste ano registrando os números mais altos para ambos os indicadores.

Os acidentes têm aumentado desde 2020, de acordo com os dados mais recentes.

Duas semanas atrás, a Fitch Ratings disse em um comunicado que a reputação ESG da Pemex foi impactada negativamente por uma série de acidentes de alto perfil, que podem assustar os investidores.

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