Indústria peruana de construção não atende expectativas

Após registar um aumento homólogo de 8,3% em abril, o consumo de cimento no Peru – um proxy dos projetos do setor privado – caiu 1,9% em maio.

No quinto mês do ano, foram despachadas 958 mil toneladas, ante 975 mil em abril e 977 mil no mesmo mês de 2023, de acordo com relatório da Associação de Produtores de Cimento do Peru (Asocem), que representa grandes empresas como Unacem, Cementos Pacasmayo e Cementos Yura.

A produção contraiu 4%, para 887 mil toneladas, e no geral permanece inferior à de 2023.

No Peru, o PIB da construção é composto pelo consumo interno de cimento, pelo progresso físico das obras públicas e pela construção de casas sem concreto. Das três variáveis, o consumo de cimento explica em média mais de 70% da atividade nesta subcategoria, segundo a agência de estatística INEI.

Embora as remessas mensais deste ano só tenham ultrapassado os níveis de 2023 em janeiro e abril, o volume geral é maior.

Mês	2023	2024
Janeiro	928.000 toneladas	1,02 Mt
Fevereiro	904.000 toneladas	901.000 toneladas
Março	980.000 toneladas	914.000 toneladas
Abril	900.000 toneladas	975.000 toneladas
Maio	977.000 toneladas	958.000 toneladas
Acumulado	4,69 Mt	4,76 Mt

Fonte: Asocem

Embora as remessas tenham aumentado 1,58% nos primeiros cinco meses, o Banco Central peruano prevê um crescimento no setor da construção de 3,2% este ano, indicando que a recuperação ainda está longe.

Espera-se que no segundo semestre haja uma forte melhoria nos indicadores econômicos, e que as obras públicas continuem a crescer a dois dígitos para compensar o declínio do setor privado.

“Vamos continuar crescendo significativamente. Os números econômicos do segundo semestre são muito bons e temos capacidade até de melhorá-los”, afirmou o presidente do Conselho de Ministros, Gustavo Adrianzén.