Inflação no setor de construção argentino desacelerou em janeiro, mas índices anuais permanecem altos

A inflação no setor de construção argentino desacelerou em janeiro na comparação mensal, mas os números anuais permanecem acima de 200% em duas províncias.

Na Grande Buenos Aires, que abrange a capital e 24 municípios vizinhos, os preços do setor subiram 15,5% no comparativo mensal, diante de 30,1% em dezembro, mas subiram 252% no comparativo anual, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos de Argentina (Indec).

Os custos com materiais aumentaram 13,2%, os custos com mão de obra atingiram 19,3% e as despesas gerais registraram 15,2%.

O escritório provincial de estatísticas de Córdoba divulgou um aumento mensal de 19,6% e um aumento anual de 227%.

A província de Mendoza ainda não publicou os números. A associação setorial local Red Edificar, contudo, divulgou seu próprio índice, apontando um aumento de 7,89% em janeiro, em comparação com 44,3% em dezembro.

De acordo com a Red Edificar, a redução foi causada pela baixa demanda e citou os números da associação nacional de médias empresas CAME que apontam uma queda de 31,3% nas vendas a varejo de materiais de construção.

Em todo o país, a atividade do setor caiu 12,2% na comparação interanual e 8% em uma base mensal em dezembro.

A administração do presidente Javier Milei reduziu o investimento público em infraestrutura, com o objetivo de incentivar o investimento privado.

Até fevereiro, 3.500 projetos teriam sido paralisados devido à falta de financiamento. Em seguida, a câmara de construção da Argentina (Camarco) declarou estado de emergência para o setor e alertou para possíveis demissões em massa.