Investimento da TGS em midstream depende do gasoduto de Vaca Muerta
A transportadora de gás argentina TGS divulgou atualizações sobre alguns dos seus principais projetos de midstream.
A TGS transporta cerca de 60% do gás consumido no país por mais de 9.100 km de gasodutos.
VACA MUERTA NORTE
A teleconferência de resultados do 4º trimestre de 2022 da empresa informou que a expansão do gasoduto Vaca Muerta Norte deve ficar pronta até julho. O projeto prevê a instalação de 32 km de dutos entre as áreas Toldos I (ExxonMobil) e El Trapial (Chevron), na bacia de Neuquén.
Vaca Muerta Norte, concluído em 2019, transporta gás de produtores locais na planta de condicionamento de gás da TGS Tratayén, atualmente em expansão. Uma expansão de 7 MMm³/d deve estar totalmente operacional no 2º trimestre de 2023, aumentando a capacidade para 15 MMm³/d. Dois outros módulos devem ser colocados em operação em 2023 e 2024, elevando a capacidade para 28 MMm³/d, revelou o CFO da TGS, Alejandro Basso.
PERSPECTIVAS PARA O MERCADO MIDSTREAM
Basso acrescentou que o investimento contínuo da TGS em midstream na formação não convencional de Vaca Muerta depende do avanço do projeto do gasoduto de Vaca Muerta do governo, programado para entrar em serviço no meio do ano para ajudar a remover os gargalos da produção, e dos aumentos associados nos volumes de produção de gás contratados para ocupá-lo. “Não só em termos de serviços de transporte e condicionamento, mas também em termos de projetos desafiadores que estão em avaliação”, disse Basso.
Espera-se que a capacidade inicial do gasoduto seja de 11 MMm³/d, subindo para cerca de 21 MMm³/d até o final do ano, após o comissionamento de duas usinas de compressão.
GNL
A TGS e a empresa de logística Excelerate Energy, com sede nos Estados Unidos, anunciaram anteriormente planos para construir uma planta modular de liquefação em Bahía Blanca, na província de Buenos Aires.
Basso afirmou na teleconferência que três empresas de consultoria de engenharia foram contratadas para analisar os custos do projeto.
A princípio, os planos envolvem a construção de uma unidade de 2 milhões de toneladas por ano.
“Nossa estimativa era de cerca de US$ 2 bilhões, mas isso é o que vamos avaliar com esses novos consultores”, comentou Basso.
Um projeto de lei de GNL, considerado vital para ajudar a liberar o grande desembolso necessário, está em fase de elaboração. Outra questão associada que precisaria ser abordada diz respeito aos controles de capital.
A petrolífera estatal YPF e a malaia Petronas também estão avançando em planos para instalações de liquefação em Bahía Blanca.
As empresas querem liquefazer e exportar gás de Vaca Muerta. Atualmente, a Argentina exporta gás via gasodutos para os países vizinhos.
CENTRAL PUERTO
A geradora de energia argentina Central Puerto informou que se tornou a maior empresa nacional no setor florestal do país.
A Central Puerto citou “futuras oportunidades de negócios ligadas a créditos de carbono e geração de energia com biomassa”.
Em um acordo de US$ 69,4 milhões firmado em dezembro, a unidade da Central Puerto Proener adquiriu duas empresas florestais com cerca de 72.000 hectares em ativos nas províncias de Entre Ríos e Corrientes.
Em um movimento associado de M&A no mês passado, a Proener também adquiriu 75,7% da usina termelétrica Enel Generación Costanera, de 2,3 GW, na província de Buenos Aires, por US$ 48 milhões.
Indicando a necessidade de “aumentar a disponibilidade de energia das máquinas da Costanera para reforçar e cobrir a demanda em nível nacional”, o controlador financeiro Federico Bozhori disse durante a conferência da empresa que o “custo de aquisição não reflete com precisão o enorme potencial de crescimento da Central Costanera”.
O ativo é composto por seis unidades turbo-vapor, com capacidade instalada de 1,14 GW, e duas unidades de ciclo combinado de 315 MW e 850 MW.
A Proener, em um acordo de US$ 54 milhões, também concordou em adquirir cerca de 57% da Dock Sud, unidade da Enel, uma usina de turbina a gás e turbina a vapor de 870 MW na província de Buenos Aires.
A Enel anunciou recentemente que estava se desfazendo de ativos em vários mercados da América Latina.
As usinas termelétricas representavam 59% da capacidade instalada de 42,9 GW da Argentina no final de 2022. A geração termelétrica caiu 10% ano a ano no 4º trimestre, para 19 TWh, em meio a uma maior produção hidrelétrica e menor disponibilidade termelétrica.
A capacidade instalada da Central Puerto no final de 2022 era de 4,81 GW, compreendendo termelétrica (2,9 GW), hidrelétrica (1,4 GW) e eólica (374 MW). A geração de energia da empresa no 4º trimestre de 2022 foi de 4,69 TWh, um aumento de 26% em relação ao mesmo período do ano anterior.
RENOVÁVEIS, MINERAÇÃO E BRIGADIER LÓPEZ
Um dos maiores players do setor de energia privada do país, a Central Puerto recebeu prioridade de despacho de 10 MW para uma usina solar de 10 MW destinada à província de Salta, a San Carlos. A Central Puerto conta com 374 MW de capacidade eólica em operação.
O projeto San Carlos participaria do Mater, onde grandes usuários contratam energia direto de geradores renováveis. A nova capacidade que está sendo construída hoje corresponde principalmente a projetos do Mater e usinas de autoabastecimento. Os grandes consumidores estão interessados não só em reduzir suas pegadas de carbono, mas também em aumentar a segurança do abastecimento e o controle sobre os preços.
A Central Puerto também está explorando oportunidades de negócios no setor de mineração metálica local, informaram executivos durante a teleconferência, sem dar mais detalhes.
Também estão planejando investir de US$ 120 milhões a US$ 140 milhões em trabalhos de conversão de ciclo combinado na termelétrica Brigadier López, na província de Santa Fé. Os estudos estão em andamento.
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