Itaipu inicia licitação binacional para instalação de sua primeira usina solar flutuante

Por Itaipu Binacional

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Iniciou nesta quinta-feira, 25 de julho, o edital de licitações binacionais para fornecimento, instalação e comissionamento de sistema solar flutuante de 1.000 quilowatts (kW) no reservatório da Usina Hidrelétrica (CHI) de ITAIPU. Conforme informou a Assessoria de Energia Renovável da Entidade, a chamada é destinada a consórcios de empresas paraguaias e brasileiras, respectivamente.

A iniciativa, que busca avançar na geração de energia elétrica a partir de fontes solares, é realizada de forma binacional, com o apoio dos Parques Tecnológicos da ITAIPU (PTI) de ambos os lados.

Esta é uma opção válida para a geração de energia elétrica limpa e renovável através de painéis solares flutuantes que ficarão localizados no reservatório do CHI. Esta acção também pode ser aplicável a outras massas de água com características semelhantes.

O diretor geral paraguaio da ITAIPU, Justo Zacarías Irún, destacou a concretização desta iniciativa binacional que contribuirá para diversificar a geração de novas fontes de energia renováveis e será muito benéfica para a Entidade. Explicou que inicialmente estava prevista uma central eléctrica de 10 MW, mas finalmente o Conselho Executivo autorizou a realização de uma primeira fase com capacidade de 1.000 kW.

“A usina solar flutuante que será instalada em parte do reservatório será uma das mais importantes da região e a maior do Paraguai. Isto irá permitir-nos identificar e compreender, não só a componente de geração, mas também o sistema de suporte, monitorização e os custos mais aproximados, que só os estudos que serão realizados nos darão para fazer uma aplicação prática da localização. Também ajudarão a identificar os diferentes parâmetros ambientais e energéticos”, frisou o diretor-geral.

Da mesma forma, acrescentou que conhecer os custos reais é fundamental para determinar a otimização da área de montagem ou aumentar o tamanho da planta, além da capacidade e potência. Em relação à geração anual, ele destacou que a ideia é que a usina solar produza aproximadamente entre 1.800 a 2.000 MWh de energia por ano e que seja para uso interno da área prioritária da ITAIPU.

Chamada binacional

Da mesma forma, o chefe da Margem Direita destacou que a convocatória está aberta a consórcios de empresas tanto do Paraguai quanto do Brasil. “Trata-se de um processo binacional, as especificações técnicas necessárias ao edital foram construídas em conjunto com a Margem Esquerda”, observou.

O prazo para instalação da usina solar flutuante é de cerca de 4 meses, após sua adjudicação. Se não houver grandes inconvenientes, estima-se que ainda neste ano a planta flutuante poderá ser montada com uma fase experimental e então entraria a etapa de acoplamento e verificação de seu SCADA e sistemas de monitoramento.

Conforme informou a Assessoria de Energia Renovável da Entidade, no primeiro trimestre do próximo ano ela entraria em operação para conexão aos sistemas. Quanto à vantagem da central solar flutuante, salientaram que não é necessário alterar o ambiente natural das áreas protegidas para a sua instalação, factor que pretendem aproveitar e explorar. Da mesma forma, indicaram que a área a ser ocupada é inferior a 1 hectare.