
Itaú vai migrar a maioria de seus sistemas para a nuvem AWS
O Itaú Unibanco, maior banco privado do Brasil, migrará de 60% a 70% de todos os serviços e sistemas para a nuvem como parte de um contrato de 10 anos assinado no final de 2020 com a líder global em nuvem pública Amazon Web Services (AWS), disse o CIO do banco, Ricardo Guerra, na quarta-feira (3).
Cerca de 30% da carga de trabalho do banco foi movida para a nuvem da AWS como parte desse processo e a perspectiva é atingir cerca de 45% até o final do ano, aumentando até que a meta seja alcançada, nos próximos anos, disse Guerra em resposta à uma pergunta da BNamericas em entrevista coletiva no evento AWS Brasil.
Guerra afirmou que esses eram “números bastante significativos” considerando a infraestrutura e os sistemas de TI massivos e complexos do banco. Além disso, embora o percentual final possa ser ainda maior, o Itaú não quer migrar tudo.
“Nesta nova arquitetura de rede que estamos criando, nem todas as plataformas precisam ser migradas. Tenho várias plataformas que são ‘comoditizadas’”, disse Guerra.
Atualmente, a infraestrutura on-premise remanescente do Itaú está concentrada em seu datacenter em Mogi Mirim, região da Grande São Paulo. Guerra não deu detalhes sobre a estratégia do banco para o site, mas sugeriu que pode não fazer sentido mantê-lo funcionando com apenas 20% de equipamentos no local.
O Itaú disse anteriormente que queria migrar 8 mil serviços legados para a nuvem. Os serviços que já estão totalmente na nuvem incluem a plataforma que processa o sistema de pagamentos instantâneos do Brasil, o PIX. Essa plataforma interna, segundo Guerra, foi criada virtualmente.
A maioria dos sistemas relacionados a contas, cartões de crédito e débito, e serviços de investimento foram migrados e o Itaú está agora iniciando o processo com seus sistemas relacionados a empréstimos, disse ele.
Em 2021, o banco realizou mais de 100 mil implementações, entre soluções de TI, funcionalidades e roll-outs gerais de tecnologia, aproveitando a estrutura da AWS.
Segundo Guerra, esse volume foi 17 vezes maior em relação aos níveis de 2016, por exemplo.
Embora os termos do contrato não sejam públicos, o contrato com o Itaú Unibanco está entre os maiores da AWS na América Latina. O gerente de nuvem da AWS Brasil, Cleber Morais, disse que as negociações com o Itaú duraram cerca de seis meses antes de levarem à assinatura do contrato, em novembro de 2020.
As duas empresas certificaram em conjunto mais de 1.800 profissionais para plataformas AWS em 2021, o maior programa desse tipo na América Latina.
Guerra também disse que o banco vem reduzindo seus custos operacionais de TI trimestre após trimestre, seguindo o contrato da AWS, mas não forneceu números.
Uma equipe de 14 mil pessoas é dedicada à tecnologia e TI no banco, dos quais cerca de 80% à modernização de sistemas.
No primeiro trimestre, o Itaú adicionou 5,7 milhões de clientes por meio de canais digitais, um aumento de 55% em relação ao mesmo trimestre de 2021. Cerca de 58% das vendas de novos produtos para pessoas físicas foram feitas por meio de canais digitais, informou o Itaú.
O programa iRetail 2030 do banco destina-se a acelerar a integração de serviços ao cliente digitais e físicos para melhores sinergias. O Itaú chama isso de estratégia phygital, em que os clientes escolhem o tipo de relacionamento, e da qual o negócio da AWS é parte crítica.
LIDERANÇA
De acordo com a consultoria Canalys, a AWS respondeu por 31% dos gastos corporativos globais em serviços de infraestrutura em nuvem no segundo trimestre, um aumento de 33% ano a ano.
Os três principais fornecedores públicos globais – AWS, Microsoft Azure e Google Cloud – responderam por 63% dos gastos globais em nuvem no segundo trimestre, crescendo coletivamente 42%, segundo a Canalys.
O Azure seguiu com uma participação de mercado de 24%, após crescer 40% ao ano. O Google Cloud cresceu 45% no último trimestre e respondeu por uma participação de mercado de 8%, disse a consultoria.
PEGADA
Na América Latina, a única região de nuvem da AWS (cluster de datacenter) fica em São Paulo. A estrutura foi lançada em 2011. O Brasil foi a primeira região de nuvem da AWS na América Latina e a oitava globalmente, segundo Morais.
Nos últimos dois anos, a AWS aumentou seus investimentos no país na esteira da crescente adoção da nuvem, tendo anunciado um investimento de 1 bilhão de reais (US$ 189 milhões) para o período 2020-22.
Tanto a AWS quanto a Microsoft continuam expandindo a infraestrutura em todo o mundo e na América Latina em particular. Atualmente, a AWS tem 84 zonas de nuvem globais e 26 regiões de nuvem.
A empresa planeja lançar 24 zonas de disponibilidade em oito regiões, enquanto a Microsoft planeja lançar 10 regiões no próximo ano.
Entre essas novas regiões da AWS está o Chile, onde a empresa está desenvolvendo um projeto de US$ 205 milhões, em Santiago.
Em resposta a uma pergunta da BNamericas, Morais disse que o anúncio chileno também se encaixa na estratégia mais ampla da AWS de implantar sites e locais de computação de borda menores em toda a América do Sul.
A AWS possui três dessas estruturas em São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza. Também está aumentando sua parceria com empresas de telecomunicações locais, como TIM, Oi, Claro e Embratel.
A empresa também planeja instalar zonas de nuvem em Bogotá, Buenos Aires, Lima e Querétaro.
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