J6 Energia Renovável planeja investir R$ 1,65 bi em 5 anos

A J6 Energia Renovável, parte do grupo JMalucelli, planeja investir R$ 1,65 bilhão (US$ 320 milhões) em projetos de geração de energia no Brasil nos próximos cinco anos.

O plano de expansão da empresa prevê o desenvolvimento de usinas solares e hidrelétricas, incluindo geração distribuída (GD) e produção independente, nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.

Na próxima quarta-feira (24 de abril), a empresa inaugurará três usinas fotovoltaicas de GD, com capacidade total instalada de 3 MW, no município de Trindade, em Goiás.

O portfólio atual de desenvolvimento da companhia inclui os complexos solar e eólico Joazeiro, em Bodó, no Rio Grande do Norte, com capacidade instalada de 719 MW e 198 MW, respectivamente, e os complexos solar e eólico Belos Ventos, em Macau, também no Rio Grande do Norte, com 522 MW e 131 MW.

Além dos parques híbridos, o portfólio de desenvolvimento conta com 62 MW de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e 30 MW de projetos fotovoltaicos

“Esse plano contempla o que a companhia está disposta a investir e fazer. Mas é claro que o país tem que corresponder e dar oportunidades”, disse à BNamericas Fernanda Sawaia, presidente da empresa.

“No caso das PCHs, é preciso que o governo realize leilões com oportunidades para esses projetos, para que, então, façamos nossos cálculos e analisemos as condições de entrada em operação”.

Em relação aos parques híbridos, como são empreendimentos com grande capacidade instalada, a ideia é buscar parceiros para tirá-los do papel.

“A parceria pode se dar de várias formas. Não há uma exigência pré-estabelecida”, pontuou Sawaia.

Apesar da conjuntura de preços baixos da energia, a executiva está otimista com a viabilidade de execução do plano de investimentos.

“Acreditamos no crescimento do país, o que demandará mais energia”, afirmou.

Os investimentos serão baseados em capital próprio e parcialmente financiados por bancos, por exemplo.

No caso da geração distribuída, Sawaia destacou que os projetos da J6 são da categoria “GD1”, isto é, são isentos das taxas de uso do sistema de distribuição de energia, o que lhes garante maior competitividade.

De acordo com o marco regulatório da GD, os projetos GD1 – que solicitaram conexão até janeiro de 2023 – não terão de pagar pelo uso do sistema de distribuição até 2045, enquanto os projetos GD2 começaram a pagar gradualmente em 2023.

O portfólio operacional da J6 inclui a Usina Hidrelétrica Espora (32 MW) e a PCH Queixada (30 MW), no estado de Goiás, e a Hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no estado do Pará, com 28,1 MW (capacidade referente à participação da empresa no projeto).

Na geração distribuída, a companhia conta com as usinas solares fotovoltaicas Limirim II, III e IV, com 3 MW, em Goiás.