Jamaica inicia aquisição de energia renovável e mantém opção nuclear em aberto

A entidade de aquisição de geração da Jamaica emitiu uma chamada para manifestações de interesse no fornecimento de 100 MW de energia renovável em um modelo de construção, propriedade e operação.

O ministro da Energia, Daryl Vaz, fez o anúncio durante uma apresentação ao parlamento, onde destacou o aumento da meta de energia renovável de 30% para 50% até 2030.

A capacidade instalada atual da ilha atinge 1.041 MW, dos quais 83% vem de usinas térmicas, principalmente a gás natural, e o restante de fontes renováveis (eólica, hídrica e solar).

Vaz disse ainda que a atualização da política energética nacional para 2009-2030 está em andamento e que políticas relacionadas a veículos elétricos e eficiência energética em prédios públicos estão previstas para o mês que vem.

Ele destacou que a empresa Jamaica Urban Transit vai adquirir 200 ônibus elétricos nos próximos três anos.

Entre outras ações estão o avanço nos estudos para a introdução de resíduos na infraestrutura energética, o combate ao furto de eletricidade e a eliminação gradual de lâmpadas incandescentes, o que representaria uma redução estimada de 25 MW na demanda em quatro anos.

“Em 2022, o nível de perdas não técnicas da Jamaica correspondeu a 20% da eletricidade gerada. Está entre os mais altos da região e 70% das perdas resultam do furto de eletricidade”, segundo o ministro.

O plano nacional de redução de perdas de eletricidade está programado para ser concluído no próximo mês.

Sobre o faturamento líquido, Vaz demonstrou satisfação com o número de licenças concedidas até o momento, sustentadas pela aprovação da regulamentação relacionada no ano passado.

“No período de 2016 a 2022, foram concedidas 687 licenças de faturamento líquido, elevando a capacidade geral do programa para pouco menos de 23 MW e o número total de licenças de faturamento líquido emitidas para 1.067.”

ENERGIA NUCLEAR

Outro tema sobre o qual o ministro falou aos parlamentares foi o potencial de incorporar a energia nuclear à matriz.

“Se a Jamaica não se juntar ao resto do mundo na busca de construir sua própria capacidade de energia nuclear, ficaremos para trás”, apontou ele, defendendo o uso de pequenos e microrreatores modulares.

Vaz acrescentou que a Agência Internacional de Energia Atômica já foi contatada e que, após a conclusão da consulta, um roteiro será apresentado.

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