Layer 9 Data Centers busca terrenos no Panamá, Costa Rica e Uruguai

A provedora de hiperescaladores de datacenters Layer 9 está prospectando terrenos no Panamá, Costa Rica e Uruguai, à medida que procura expandir sua presença na América Latina após o aumento das demandas.

“No momento, estamos procurando na Costa Rica, Uruguai e Panamá locais para comprar terrenos para executar nosso segundo projeto”, disse o CEO e co-fundador Michael Ortiz (foto) à BNamericas. “Estamos pensando em fazê-lo nos próximos 18 meses.”

Embora esteja prospectando em três países, a Layer 9, do Arizona, pretende comprar terrenos em apenas um deles, pelo menos inicialmente.

Na América Central, onde Ortiz diz ter encontrado um local, porém ainda não adquirido, o grupo Newmark está assessorando na parte de prospecção.

A expansão ocorre a pedido de um cliente de hiperescala, segundo Ortiz, que não revelou o nome do cliente.

O primeiro projeto da Layer 9 na América Latina é o Falcon, um campus de datacenter de 64 MW revelado em junho do ano passado e em desenvolvimento na região de Bajío, no México.

Em entrevista à BNamericas na época, Ortiz afirmou que o Falcon poderia se tornar um campus de cinco prédios. “A verdadeira capacidade desse projeto está acima de 80 acres de desenvolvimento, capaz de suportar bem mais que 115 MW”, explicou.

A Layer 9 garantiu todos os contratos de financiamento, terreno e compra de energia para levar o projeto adiante.

Os dois primeiros edifícios, cada um com 32 MW de capacidade, demandarão um investimento de US$ 775 milhões.

A empresa espera gastar US$ 120 milhões este ano e está buscando levantar US$ 1,2 bilhão para pelo menos três edifícios.

A fase inicial do primeiro edifício está prevista para ser concluída em janeiro-fevereiro de 2024, com entrega tipo “chave na mão” ao cliente em setembro do mesmo ano e com 3 MW de capacidade, que pode ser expandida para 4 MW, segundo Ortiz.

Além deste cliente, a empresa está conversando com três empresas “muito maiores”, acrescentou.

Um desses potenciais clientes quer a opção de ocupar todo o segundo prédio (32 MW), segundo Ortiz.

América Latina

Chile, Colômbia e Argentina são outros alvos do grupo na América Latina, sendo o Brasil um alvo posterior.

A razão é que o Brasil é o maior, mais competitivo e mais estabelecido mercado de datacenters da região. A Layer 9 quer entrar no país com uma equipe forte e bem preparada no momento certo. A empresa não descarta investir no Brasil por meio de uma joint venture com outro investidor, Ortiz acrescentou.

Com isso, a empresa prevê o fechamento de um “anel” de datacenter de hiperescala a partir do México, passando pela América Central, região andina e Cone Sul.

A empresa também está fazendo prospecção na Europa. A ideia é construir um datacenter em Madri, que está se tornando um novo hub europeu de datacenters, disse o executivo.

A Cushman & Wakefield foi contratada para assessorar a empresa na prospecção de Madri, em um processo que pode começar em abril, concluiu Ortiz.