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Leilão de espectro do Brasil traz novos players locais e regionais para o mercado

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Leilão de espectro do Brasil traz novos players locais e regionais para o mercado

O leilão de espectro 5G em andamento no Brasil, que também inclui frequências para a tecnologia 4G, trouxe uma nova operadora móvel doméstica e novas operadoras móveis regionais ao mercado, enquanto as três principais operadoras também ganharam espectro na frequência 5G principal.

O concurso, que teve início na manhã de quinta-feira, ainda não tinha sido concluído até ao momento. No geral, o Brasil está oferecendo 3,7 GHz em quatro bandas: 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz.

A Winity2Telecom do Pátria Investimentos tornou-se a nova operadora móvel nacional do Brasil após adquirir 10 + 10Mhz de espectro na banda de 700MHz colocado à venda pelo regulador Anatel.

Essa banda é destinada principalmente à tecnologia 4G LTE, embora também possa ser usada para complementar os serviços 5G.

O grupo desembolsou R $ 1,42 bilhão (US $ 253 milhões) pela banda, com ágio de 806% sobre o preço mínimo estabelecido.

Originalmente, esse bloco era destinado à brasileira Oi , que não licitou no primeiro leilão de 700 MHz, realizado em 2014. O negócio de telefonia móvel da Oi, porém, está à venda e a empresa não se inscreveu no leilão.

Tendo já adquirido bandas de 700Mhz em 2014, Telefônica Brasil , TIM e Claro não puderam concorrer a este bloco.

Os demais licitantes foram a NK 108 Empreendimentos e Participações (entidade criada pela DigitalBridge / Highline ) e a VDF Tecnologia da Informação (entidade criada pela MVNO e pela provedora de serviços B2B Datora ), com lances de R $ 333 milhões e R $ 318 milhões, respectivamente.

3,5 GHz

A Claro da América Móvil foi a vencedora do primeiro dos quatro blocos de 80 MHz de espectro na faixa de 3,5 GHz, a faixa preferencial para os serviços 5G.

O lance vencedor da Claro foi de 338 milhões de reais, oferecendo um prêmio de 5,1%. As demais licitantes deste bloco foram a TIM e a Telefônica Brasil, com 331 milhões de reais e 321 milhões de reais, respectivamente.

As obrigações vinculadas a este bloco incluem a implantação do 5G em municípios com mais de 30 mil habitantes até 2029, começando pelas capitais, até junho de 2022, e a implantação do backhaul de fibra em localidades sem essa infraestrutura de transporte.

Eles também incluem o financiamento da migração de serviços de satélite free-to-air da banda CA adjacente para a banda Ku para evitar problemas de interferência e o financiamento de projetos de uma rede de fibra subfluvial na região amazônica e uma rede exclusiva, separada da a rede comercial, para uso do governo federal.

A Telefônica arrematou o segundo bloco nacional, com mesmo espectro e obrigações, com oferta de 420 milhões de reais, ágio de 30,6% sobre o preço mínimo.

Vencedor do primeiro bloco, a Claro não poderia concorrer ao segundo. A TIM ofereceu 390 milhões de reais.

Por fim, a TIM conquistou o terceiro bloco nacional de 3,5 GHz, com um lance de R $ 351 milhões (ágio de 9,2%).

Nenhuma empresa licitou para o quarto e último bloco nacional na faixa de 3,5 GHz, o que significa que o Brasil não terá um quarto player no cenário 5G.

Os vencedores dos blocos nacionais de 3,5 GHz com menor espectro - 20 MHz - foram também as três atuais operadoras nacionais.

Com a adição desses 20MHz na banda de 3,5GHz, as empresas passam a ter os 100MHz considerados ideais para a entrega de serviços 5G.

Todos os três ofereceram a mesma oferta mínima de R $ 80,3 milhões exigida para esses blocos nacionais menores. A Claro venceu o primeiro lote, a TIM o segundo e a Telefônica Brasil o terceiro.

BLOCOS REGIONAIS

A venda de blocos regionais de 80MHz na faixa de 3,5GHz viu a entrada de empresas que não ofereciam serviços móveis anteriormente, como provedores de serviços de internet (ISPs) e empresas de infraestrutura de telecomunicações.

As obrigações vinculadas a esses blocos incluem o fornecimento de cobertura 5G em localidades com menos de 30.000 habitantes e implantação de backhaul de fibra.

Não houve licitação para o primeiro bloco regional em disputa, que compreende a região Norte do Brasil (estados amazônicos).

No segundo bloco regional, compreendendo a região Norte mais o estado de São Paulo, a Sercomtel de Bordeaux, cujas operações se concentraram no estado do Paraná até o momento, saiu como a vencedora com uma oferta de 82 milhões de reais, um prêmio de 719%, batendo um 77,7 Oferta mn-real da NK 108 Empreendimentos e Participações.

A Brisanet conquistou o bloco regional da banda 3,5GHz que compreende a região Nordeste, onde atualmente opera como provedora de serviço de internet fixa, tornando-se o mais novo player regional móvel do país.

A empresa, que é o maior ISP do Brasil em número de clientes, pagou mais de 1 bilhão de reais pelo bloco, um prêmio de mais de 13.000%. O outro licitante neste bloco foi o ISP Meganet, com um lance de apenas 9 milhões de reais.

A Brisanet também abocanhou o bloco regional na banda de 3,5 GHz que compreende a região centro-oeste do Brasil com uma oferta de 105 milhões de reais, um prêmio de mais de 4.000%. As demais licitantes foram Cloud2U, com lance de 80 milhões de reais, Meganet (3,28 milhões de reais) e Brasil Digital (2,52 milhões de reais).

Em um dos blocos mais disputados na licitação, o consórcio dos ISPs Consórcio 5G Sul - do qual a Sercomtel também faz parte - abocanhou o bloco regional de 3,5 GHz que compreende a região Sul do Brasil com uma oferta de 73 milhões de reais (um prêmio de quase 1.500%), eventualmente superando o ISP Meganet após várias rodadas de contra-ofertas.

O vencedor do bloco regional formado pelos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais foi o ISP Cloud2U com oferta de 405 milhões de reais, prêmio de 6.300%. Os outros licitantes foram o ISP Meganet e NK.

Por fim, a Algar Telecom conquistou o oitavo e último bloco regional no espectro de 3,5 GHz, compreendendo o sul de Minas Gerais e partes dos estados de Mato Grosso e São Paulo, com uma licitação de R $ 2,35 milhões (ágio de 358%).

A Algar, que já é uma operadora de telefonia móvel, lutou contra o ISP Flylink, que fez uma oferta de 2,2 milhões de reais.

2,3 GHz

A Claro foi a vencedora do bloco regional de 50 MHz na banda de 2,3 GHz que compreende a região Norte do Brasil.

Embora as obrigações vinculadas a este bloco envolvam levar 4G para localidades ainda não atendidas, essa frequência também é considerada adequada para complementar as bandas 5G.

A Claro fez o único lance considerado válido para este bloco, com uma oferta de 72 milhões de reais (um prêmio de 102%).

A Claro também foi a vencedora do bloco regional que abrange a maior parte do estado de São Paulo, com uma oferta de R $ 750 milhões (ágio de 755%), batendo a oferta final da Telefônica Brasil, de R $ 682 milhões.

No bloco que compreende a região Nordeste, o ISP Brisanet venceu com lance de 111 milhões de reais, mínimo estabelecido para o bloco, batendo a Telefônica Brasil e a TIM, cujas ofertas não foram consideradas válidas.

A Claro também adquiriu o bloco para a região Centro-Oeste do Brasil, com uma oferta de 150 milhões de reais, após acirrada disputa com a Telefônica, cuja oferta final foi de 135 milhões de reais.

A América Móvil também superou a Telefônica em R $ 20 milhões no bloco da região Sul do Brasil, com uma oferta de R $ 210 milhões.

O concurso continua com licitações para o espectro de 2,3 GHz e 26 GHz.

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