Licitação da usina de compressão do gasoduto de Vaca Muerta avança
Uma empresa de engenharia local parece prestes a ganhar outro contrato vinculado ao megaprojeto do gasoduto de Vaca Muerta, da empresa estatal Energía Argentina.
Os trabalhos envolvem assistência técnica e revisão da engenharia de detalhamento de duas estações de compressão previstas.
Um comitê de avaliação informou que uma oferta apresentada pela Suring Ingeniería del Sur cumpria os requisitos legais e institucionais detalhados nas regras da licitação e recomendou a entrega do trabalho à empresa. A concorrente Tepsi não conseguiu se qualificar, de acordo com um documento da Energía Argentina.
A Suring ofereceu 79,1 milhões de pesos (US$ 394.790) pelo primeiro lote (estação de compressão de Tratayén) e o mesmo valor pelo segundo (estação de compressão de Salliqueló).
Um processo de licitação anterior foi declarado nulo depois de não receber nenhuma oferta.
Quanto aos contratos de construção, em dezembro, um comitê de avaliação de propostas recomendou a concessão de Tratayén à Sacde, que havia feito uma oferta de 19,9 bilhões de pesos, de acordo com os documentos da licitação. A comissão recomendou a concessão da segunda estação ao consórcio Contreras Hermanos-Esuco, que ofereceu 16,7 bilhões de pesos para construir a fábrica de Salliqueló.
As usinas de compressão praticamente dobrariam a capacidade da primeira fase do gasoduto para cerca de 20 MMm³/d (milhões de metros cúbicos por dia). O governo, usando recursos públicos, está construindo o duto para aliviar um gargalo de despacho de gás na bacia de Neuquén e reduzir a dependência do caro GNL importado durante os meses mais frios.
As autoridades disseram anteriormente que a primeira fase estaria pronta por volta do meio do ano.
No ano passado, a Suring ganhou um contrato de projeto de engenharia de front-end para a segunda fase planejada do megaprojeto.
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A petrolífera estatal argentina YPF e a malaia Petronas informaram que a decisão final de investimento na primeira fase de um megaprojeto de gás pode ser tomada até o final de 2024, segundo a Reuters.
As duas empresas estão planejando um projeto de cinco fases abrangendo upstream, midstream e liquefação.
O desembolso de US$ 5-6 bilhões é necessário para a primeira fase, que poderia produzir 5-6 MMt/ano de GNL.
Os estudos estão sendo conduzidos no local da planta de liquefação proposta no porto de Bahía Blanca, em Buenos Aires.
No ano passado, a YPF havia anunciado que a decisão provavelmente seria tomada até o final de 2023.
A legislação dedicada ao GNL, abrangendo áreas como o acesso ao mercado cambial, é considerada fundamental para a liberação do investimento associado. Um projeto de lei está sendo elaborado, disseram as autoridades.
A YPF também começou a trabalhar em um estudo de impacto ambiental para um terminal de petróleo e oleoduto planejado para a província de Río Negro. A decisão final de investimento está prevista para este ano, contou o CEO da YPF, Pablo Iuliano, na conferência CERAWeek, em Houston.
A YPF realizará sua teleconferência de resultados do 4º trimestre de 2022 na próxima sexta-feira (10), quando mais detalhes poderão ser divulgados.
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A empresa alemã de hidrocarbonetos Wintershall Dea, que lançou um dos projetos de captura e armazenamento de carbono mais avançados da União Europeia, afirmou que seu conhecimento e tecnologia associados ao tema podem ser transferidos para a América Latina.
Como parte do trabalho da fase de demonstração, no início de abril as emissões residuais de uma planta industrial belga serão armazenadas em um campo de petróleo esgotado no Mar do Norte dinamarquês.
Embora o foco seja inicialmente o noroeste da Europa, “o objetivo é implementar a experiência, o know-how e as tecnologias adquiridas em outras regiões, inclusive na América Latina”, afirmou a empresa em um comunicado.
A Wintershall Dea também destacou o potencial do hidrogênio como ferramenta de transição energética na América Latina. Em 2022, a companhia se juntou ao consórcio argentino de desenvolvimento de hidrogênio H2ar.
Na Argentina, a empresa atua na bacia de Neuquén, além de offshore e onshore na província de Terra do Fogo. Com a operadora TotalEnergies e a parceira Pan American Energy, a Wintershall Dea está executando um projeto de plataforma de gás offshore de US$ 700 milhões na Terra do Fogo, conhecido como Fénix. A iniciativa se juntaria a um cluster existente de plataformas de gás na licença da bacia Austral CMA-1, que cobre cerca de 16% da demanda de gás da Argentina.
Na América Latina, a Wintershall também está presente no México.
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Os stakeholders do projeto Fénix estão em negociações com operadores de embarcações marítimas como parte dos planos de instalação da plataforma, informou o veículo local Más Energía.
A plataforma de 4.000 t ficará localizada a 80 km da costa da Terra do Fogo.
Segundo o chefe de hidrocarbonetos da província, Alejandro Aguirre, o projeto deve estar operacional até o final de 2024 e três poços, envolvendo US$ 85 milhões cada, serão perfurados.
A plataforma estará em águas federais, e não provinciais, mas com gás transferido para a estação de tratamento Río Cullen em terra, através da plataforma Vega Pléyade.
A Argentina também quer explorar áreas na costa da província de Buenos Aires, onde os planos da Equinor e da YPF são os mais avançados.
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