Lithium Chile aumentará participação em projeto argentino para 80%

A empresa canadense Lithium Chile deterá 80% do projeto de lítio Salar de Arizaro, na província argentina de Salta, após a conclusão da aquisição de uma participação adicional de 17,8% da empresa Litiar no primeiro semestre do ano que vem.

Arizaro tem um valor presente líquido antes da dedução de impostos de US$ 3,8 bilhões e poderia produzir 25.000 t/ano de carbonato de lítio para baterias ao longo de 20 anos, de acordo com um estudo de pré-viabilidade apresentado em julho.

O projeto utilizará uma tecnologia de extração direta que está sendo testada em uma planta-piloto e em extensos testes laboratoriais que já confirmaram a eficácia da extração do cloreto de lítio da salmoura de Arizaro para convertê-lo em carbonato de lítio.

A Lithium Chile pagará C$ 2,7 milhões em dinheiro (US$ 1,9 milhão) mais 19 milhões de ações pelo aumento do percentual de participação no projeto, que está em fase de avaliação socioambiental e processamento de licenças, segundo um comunicado.

A empresa mantém uma parceria com a Portofino Resources para continuar explorando o local e aumentar os recursos de lítio.

Estima-se que Arizaro contenha 4,1 milhões de toneladas de carbonato de lítio equivalente em recursos indicados e inferidos.

Além de Arizaro, que abrange um território de 29.245 hectares, a empresa sediada em Calgary tem 106.118 hectares em concessões de mineração com potencial para o lítio no Chile, incluindo os projetos Laguna Blanca, Los Morros e Coipasa, entre outros.

Apesar dos baixos preços do lítio registrados este ano, a Lithium Chile está confiante de que haverá uma escassez do mineral em função do aumento demanda, o que levaria os preços do carbonato de lítio ao máximo em 2030.