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Lula propõe reduzir uso de dólares no comércio com a China

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Lula propõe reduzir uso de dólares no comércio com a China

O Brasil planeja usar mecanismos para reduzir o uso de dólares no comércio com a China.

“Por que não podemos fazer o nosso comércio lastreado na nossa moeda? Quem decidiu que era o dólar? Nós precisamos ter uma moeda que transforme os países em uma situação um pouco mais tranquila, porque hoje um país precisa correr atrás de dólar para exportar”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em discurso durante a cerimônia de posse de Dilma Rousseff na presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB).

Lula está na China para fortalecer a cooperação e aumentar a influência internacional do Brasil. A China se tornou o principal parceiro comercial do Brasil em 2009, substituindo os EUA. Em 2022, o gigante asiático importou produtos brasileiros no valor de US$ 89,7 bilhões, principalmente soja e minério de ferro, enquanto exportou quase US$ 60,7 bilhões para o país.

O anúncio de Lula, no entanto, gerou certo ceticismo.

“O comércio com a moeda local seria muito mais favorável para a China do que para o Brasil, porque a China pretende tornar sua moeda conversível globalmente. No caso do Brasil, já exportamos diversas commodities para a China e também para outros países usando o dólar. Se estabelecermos mecanismos para usar a moeda chinesa, talvez fiquemos muito dependentes da China”, disse à BNamericas José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

Lula também propôs o uso de uma moeda única para o comércio dentro do BRICS, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Em visita recente à Argentina, o presidente propôs a utilização de uma moeda única para o comércio entre os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai).

“A ideia de usar moedas locais no comércio com outros países não é nova. Existem mecanismos para comercializar produtos entre Brasil e Argentina usando moedas locais, mas na prática isso é pouco utilizado, com as empresas preferindo usar o dólar”, ponderou Castro.

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