Lundin aspira estar presente por 50 anos no Equador

A empresa canadense Lundin Gold, proprietária da mina subterrânea equatoriana Fruta del Norte (FDN), avaliada em US$ 700 milhões, pretende permanecer no país sul-americano por cerca de 50 anos.

“Estou no ramo de mineração desde a década de 1980. Acredito que vamos operar aqui por 50 anos”, disse o CEO da Lundin, Ron Hochstein, à BNamericas, durante uma visita à FDN, localizada na província amazônica de Zamora Chinchipe, na região sudeste do Equador.

“No Canadá, há locais onde a mineração atua há três gerações; eles têm avós, pais e filhos trabalhando na mineração. Pela qualidade da jazida, acredito que veremos isso aqui, em Fruta del Norte”, acrescentou Hochstein.

A FDN, localizada na concessão mineira de La Zarza, tem reservas prováveis de 4,92 milhões de onças, com um teor médio de 8,7 g/t de ouro. De acordo com Lundin, é uma das minas de ouro em operação de maior qualidade no mundo.

A empresa adquiriu o ativo no final de 2014, iniciou a construção em julho de 2017, alcançou a primeira produção em novembro de 2019 e declarou produção comercial em fevereiro de 2020, antes do previsto.

No primeiro semestre deste ano, a mina atingiu um volume de 270 mil onças de ouro. Até 2023, pretende ultrapassar as 476 mil onças do ano passado.

A vida útil da mina está estimada até 2034, mas com campanhas de exploração, a empresa canadense espera aumentar substancialmente sua presença no país.

Um dos principais objetivos da Lundin neste momento é encontrar outra jazida semelhante e expandir a atual para o sul, portanto, o programa de exploração inclui perfurações em concessões a uma distância entre 10 km e 15 km, e perfurações muito próximas da mina.

Atualmente, a maior em termos de investimento e extensão está perto da mina, disse Hochstein, acrescentando que a produção poderá começar imediatamente, se for feita uma descoberta.

Descobertas em locais mais distantes da FDN exigiriam o cumprimento de uma série de procedimentos para iniciar a produção, acrescentou.

O programa de perfuração deste ano inclui um orçamento de cerca de 25 milhões de dólares, dos quais metade foi investida. As despesas operacionais da FDN totalizam aproximadamente US$ 400 milhões anuais.