Macroeconomia prejudica o crescimento do 5G na América Latina, segundo a Ericsson

O crescimento dos acessos 5G na América Latina tem sido mais lento do que o esperado, principalmente devido aos desafios macroeconômicos nos países onde a tecnologia está disponível, segundo a Ericsson.

Essa afirmação foi incluída no Relatório de Mobilidade da empresa, um estudo periódico divulgado pela provedora sueca sobre o estado global da banda larga móvel.

“A adoção de assinaturas 5G tem sido lenta devido às dificuldades macroeconômicas na região [América Latina], com o número de assinaturas atingindo cerca de 33 milhões até o final de 2023”, indicou a Ericsson no relatório de junho.

A empresa espera uma “adoção mais substancial” este ano e nos próximos, com o 5G sendo responsável por 52% de todas as assinaturas móveis da América Latina até o final de 2029, totalizando 400 milhões.

No final de 2023, 10% da população da América Latina estava coberta por redes 5G, em comparação com uma média global de 50%, disse a Ericsson.

Na América do Norte, Índia e China, as taxas são de 90% ou mais.

FWA

Em relação ao Acesso sem Fio Fixo (FWA, na sigla em inglês), a Ericsson também vê a América Latina como a última entre as principais geografias na adoção de FWA pelas operadoras de telecomunicações.

Até abril de 2024, 51% dos prestadores de serviços da região ofereciam serviços FWA.

Do total de ofertas de FWA na região, 18% envolviam 5G. Por outro lado, 100% das operadoras na América do Norte e 96% das operadoras na Europa ofereciam FWA, com o 5G representando 80% e 75% dessas ofertas, respectivamente.

Apesar disso, a Ericsson afirmou que, no ano passado, 65% de todos os novos lançamentos de FWA 5G ocorreram em mercados emergentes.

No geral, a empresa estima que a América Latina alcançará 780 milhões de assinaturas móveis nos próximos cinco anos, o que representaria uma taxa composta de crescimento anual de 1% no período de 2023 a 2029.