Brasil
Notícias

Megatelecom: ‘Nossa ideia é ser líder e estamos no caminho para isso’

Bnamericas
Megatelecom: ‘Nossa ideia é ser líder e estamos no caminho para isso’

A operadora brasileira de telecomunicações B2B Megatelecom promete se tornar o principal player do ecossistema digital corporativo por meio de aquisições, projetos greenfield e novos negócios, como microdatacenters.

“Nossa ideia é ser líder e estamos no caminho para isso. Hoje a gente enxerga, no nosso setor de B2B puro, somente uma empresa na nossa frente no mercado, que é a Cirion”, afirmou à BNamericas o CEO da companhia, Carlos Eduardo Sedeh.

A Mega é menor que as operações de B2B da Telefônica Brasil, Oi ou Algar Telecom, mas essas são operadoras que não atuam exclusivamente no segmento B2B como a Mega, acrescentou Sedeh.

AQUISIÇÕES

A Mega tem sido ativa nas aquisições, e a mais recente foi a da Samm, operação de telecomunicações B2B do grupo brasileiro de infraestrutura CCR.

A transação foi anunciada no final de março, por R$ 100 milhões (US$ 20 milhões). Os ativos da Samm incluem mais de 4.900 km de fibra ao longo de rodovias.

A Samm atendia operadoras de telecomunicações, provedores de acesso, grandes clientes corporativos e empresas de conteúdo nacionais e internacionais em 161 municípios dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Paraná.

A aquisição aguarda autorização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), mas a expectativa de Sedeh é que seja aprovada sem restrições, dada a natureza diferente das operações da Mega e da CCR.

A Samm estava à venda há anos. Recentemente, a CCR intensificou esses esforços e vários grupos se apresentaram para avaliar o ativo, segundo fontes do mercado.

As negociações prosseguiram até o último momento, quando a CCR finalmente decidiu que a proposta da Mega fazia mais sentido em termos estratégicos.

INTERNEXA

Além da aquisição da Samm, a Mega finalizou a já anunciada aquisição da Internexa Brasil. O acordo foi fechado no dia 1º de abril, segundo Sedeh, após autorização do Cade e da Anatel.

A Internexa faz parte do grupo colombiano de energia e infraestrutura ISA. No Brasil, a empresa possui 8.200 km de fibra ótica e 23.000 km de cabos submarinos.

“São redes diferentes. Enquanto a da Samm é terrestre, enterrada ao longo de rodovias, a da Internexa é OPGW [optical ground wire], passada ao longo da rede de transmissão elétrica. Mas elas são redes muito complementares em capilaridade”, apontou.

Antes das aquisições, a Mega se concentrava principalmente no estado de São Paulo e em parte da região Centro-Oeste do país. A empresa agora ganha uma rota para o Sul do Brasil, partindo de São Paulo e passando pelas capitais do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Por meio da Samm e da Internexa, a Mega terá uma malha que abrange o trajeto São Paulo-Rio de Janeiro-Belo Horizonte e São Paulo-Curitiba-Florianópolis-Porto Alegre.

“Assim que a aquisição [da Samm] for aprovada, vamos usar a rede da Internexa como plataforma para a Samm, combinando equipes de manutenção, serviços de campo, mão de obra, comerciais, etc. Com isso, a gente espera ter muitos ganhos de sinergia e otimização de recursos”, disse Sedeh.

Além disso, existe a possibilidade de expansão da rede de fibra da Samm ao lado de novas concessões rodoviárias que podem ser conquistadas pela CCR, controlada pela Itaúsa e pela Votorantim.

A venda da Samm não envolveu nenhum acordo do gênero, mas Sedeh vê o bom relacionamento estabelecido com a CCR como um facilitador para novos projetos. “A CCR é o maior grupo de concessão de mobilidade e queremos buscar essa relação com eles.”

A rede da Samm é baseada em soluções da Huawei. A rede existente da Mega utiliza soluções centrais da Juniper Networks e soluções DWDM [transmissão óptica] da Padtec, Ciena, Infinera, entre outras.

Embora os ativos estejam em boas condições, a Mega pretende atualizar a capacidade de parte da rede de fibra escura da Samm com tecnologia da Ciena, afirmou Sedeh.

Atualmente, cerca de 5% da receita da Mega vem do setor público. Embora seja um segmento para o qual a empresa dará uma atenção extra, não há planos de torná-lo uma parte muito grande do negócio.

Segundo o executivo, as mudanças de governo e a eventual falta de continuidade em alguns projetos e compras representam um obstáculo no segmento.

NEGÓCIOS FUTUROS

As negociações para mais uma aquisição estão avançadas com uma empresa do interior de São Paulo. Além deste negócio, Sedeh vê poucos ativos com o perfil da Internexa ou da Samm disponíveis no mercado.

Por enquanto, as regiões Norte e Nordeste do Brasil não fazem parte dos planos de expansão da Mega devido aos desafios logísticos e topográficos da primeira e por um “excesso de oferta” de empresas B2B na segunda, pontuou Sedeh.

Todas as aquisições recentes foram financiadas com caixa próprio da empresa, mas a Mega não descarta recorrer ao mercado de capitais para financiar negócios futuros, disse ele.

Sedeh também reconheceu que a empresa foi abordada por diferentes participantes, de fundos a empresas de telecomunicações, mas ressaltou que uma venda ou fusão da Mega com outra companhia está fora de questão por enquanto.

DATACENTERS E TI

A Mega opera diretamente sete datacenters de borda e está presente com PoPs em mais de 50 outros datacenters no país.

A empresa está apostando alto na oferta de nuvem híbrida e privada, bem como em outros projetos de conectividade relacionados à nuvem, disse Sedeh.

Atualmente, a Mega está ativando PoPs em Anápolis, no estado de Goiás, enquanto trabalha em novas estruturas no interior de São Paulo e no estado de Minas Gerais para aproveitar oportunidades com empresas como empresas do agronegócio.

Em outra frente, a empresa continua implementando centenas de micro datacenters de borda ligados à sua rede.

“Queremos espalhar micro, far-edge datacenters, com 10 a 20 racks, por todo o país. Sempre, claro, onde tiver ramal da nossa fibra passando. Estamos avaliando soluções modulares diversas, do tipo shelter, e espero tirar isso do papel ainda esse ano”, completou Sedeh.

Tenha acesso à plataforma de inteligência de negócios mais confiável da América Latina com ferramentas pensadas para fornecedores, contratistas, operadores, e para os setores governo, jurídico e financeiro.

Assine a plataforma de inteligência de negócios mais confiável da América Latina.

Outros projetos em: TIC (Brasil)

Tenha informações cruciais sobre milhares de TIC projetos na América Latina: em que etapas estão, capex, empresas relacionadas, contatos e mais.

Outras companhias em: TIC (Brasil)

Tenha informações cruciais sobre milhares de TIC companhias na América Latina: seus projetos, contatos, acionistas, notícias relacionadas e muito mais.

  • Companhia: Hitachi Brasil Ltda.  (Hitachi Brasil)
  • A subsidiária da Hitachi Ltd. oferece uma ampla variedade de sistemas, produtos e serviços, incluindo maquinário de construção pesada, sistemas de informação, dispositivos eletr...
  • Companhia: Tim S.A.  (TIM Brasil)
  • A TIM SA é uma operadora brasileira de telecomunicações que oferece serviços de telefonia móvel e fixa, acesso à Internet por meio de modems, tablets e telefones celulares (3G e...
  • Companhia: Oracle do Brasil Sistemas Ltda.  (Oracle Brasil)
  • A subsidiária local da Oracle é desenvolvedora de software de manufatura de processos, software de planejamento de recursos empresariais, ferramentas de internet e software de g...
  • Companhia: Seja Digital EAD  (Seja Digital)
  • A descrição contida neste perfil foi extraída diretamente de uma fonte oficial e não foi editada ou modificada pelos pesquisadores da BNamericas, mas pode ter sido traduzida aut...