Mercado de O&M de termelétricas do Brasil deve crescer a partir de 2025

O mercado brasileiro de operação e manutenção (O&M) de termelétricas deve crescer a partir de 2025, prevê Adriano Marcolino (foto), gerente geral de acordos de desenvolvimento de negócios e upgrades da Wärtsilä.

Segundo o executivo, os principais vetores para a expansão são os investimentos em novas usinas e a renovação dos contratos de compra e venda de energia (PPAs) com o governo e as distribuidoras de energia elétrica.

“No curto e médio prazo, temos os resultados do último leilão de reserva de capacidade de 2021 e a expectativa de novos leilões em 2024 e 2025, além da possibilidade de algumas renovações contratuais durante o período de implantação de novas usinas”, disse Marcolino à BNamericas.

Na última quarta-feira (5), a multinacional finlandesa anunciou a assinatura de um contrato de renovação de O&M com a produtora de energia independente brasileira Geradora de Energia do Amazonas (Gera Amazonas) para a termelétrica de Ponta Negra, na capital do estado do Amazonas, Manaus.

O contrato original data de 2006, quando a usina foi comissionada, e a renovação por dois anos garante que a Gera Amazonas possa cumprir suas obrigações de compra de energia com a Eletronorte.

Ponta Negra operava originalmente com óleo combustível pesado, mas em 2013 foi convertida para operar com tecnologia de gás/diesel.

Depois disso, a Wärtsilä realizou uma conversão total para gás em 2020, com cinco de seus motores 50SG instaladas. A usina agora opera no modo de carga básica 24 horas por dia, 7 dias por semana, fornecendo 60 MW ao sistema.

Peças e serviços para todas as revisões planejadas estão incluídos no escopo do contrato.

A Wärtsilä também tem dois contratos de O&M assinados em meados de 2022, um com a usina Termocabo, em Pernambuco, e outro com Cristiano Rocha, no Amazonas.

“Enquanto isso, temos outras renovações de contrato em andamento com clientes no Brasil, Bolívia e Argentina”, contou Marcolino.