Mercado Livre entra no mercado cripto com moeda digital brasileira
Depois de se aventurar nas áreas de pagamentos e crédito, a potência do comércio eletrônico da América Latina Mercado Livre decidiu entrar na onda das criptomoedas com o lançamento, no Brasil, de sua primeira moeda digital.
Chamada de Mercado Coin, a criptomoeda baseada em blockchain foi desenvolvida em parceria com a fintech e especialista em cripto argentina Ripio, que será custodiante e exchange das operações da criptomoeda realizadas por meio do ecossistema do Mercado Livre.
Inicialmente, a Mercado Coin estará disponível como parte de um programa de fidelidade e para usuários selecionados da plataforma do Mercado Livre no Brasil, com um lançamento gradual esperado para outros mercados latino-americanos em que o grupo opera, de acordo com Fernando Yunes, vice-presidente sênior do Mercado Livre no Brasil, em uma entrevista coletiva.
Segundo Yunes, no entanto, não há um cronograma definitivo, e os futuros lançamentos dependerão muito da evolução do ecossistema e do ritmo de adoção da Mercado Coin no Brasil.
COMO FUNCIONA
O usuário geral do Mercado Livre poderá receber a Mercado Coin como cashback ao comprar produtos selecionados na plataforma. A criptomoeda não expira e é cumulativa.
A estratégia demonstra a intenção do Mercado Livre de alavancar a moeda por meio de fidelização e descontos. A empresa tem 84 milhões de usuários ativos e um volume global de vendas de mais de US$ 20 bilhões por ano.
Além do cashback para usuários em geral, os usuários da carteira digital e do aplicativo de pagamentos Mercado Pago poderão comprar e vender a criptomoeda.
Inicialmente, cada Mercado Coin valerá o equivalente a US$ 0,10, mas o valor deve variar de acordo com a oferta e a demanda. Não há vínculo formal com moedas regulares, como o dólar ou o real, insistiram os executivos.
“Não é uma ‘stablecoin’. É uma nova forma de pagamento no Mercado Livre. Sua fonte de geração é o próprio uso”, disse Yunes a jornalistas.
DESENVOLVIMENTO
O projeto passou 18 meses em desenvolvimento e envolveu diferentes profissionais e equipes dentro da empresa, segundo Priscilla Faro, diretora jurídica do Mercado Livre no Brasil para fintechs e assuntos regulatórios.
Para Faro, a falta de regulamentação específica para criptomoedas no país – um marco em discussão no Congresso – não é um problema, pois várias outras regras, normas e regulamentações relacionados a finanças se aplicariam à iniciativa.
Ela afirmou, no entanto, que o Mercado Livre apresentou o projeto da Mercado Coin às autoridades do Banco Central com antecedência.
A Mercado Coin foi desenvolvida com base no protocolo ERC-20 da Ethereum, um padrão de blockchain que monitora todas as transações para que sigam protocolos de segurança.
“A tecnologia blockchain por trás da Mercado Coin nos permitiu desenvolver uma solução aberta e extremamente segura. Seguimos acompanhando as evoluções dos criptoativos e da tecnologia blockchain, pois acreditamos no potencial dessas ferramentas para simplificar operações, conectar e promover o desenvolvimento financeiro de pessoas”, destacou Guilherme Cohn, gerente sênior de desenvolvimento corporativo do Mercado Livre.
PRÓXIMOS PASSOS
A empresa não pretende listar a moeda em nenhuma exchange do mercado no momento.
Por enquanto, a Mercado Coin será usada apenas para transações dentro do ecossistema do Mercado Livre. E somente para compradores. Nada muda para os vendedores, que continuarão recebendo o valor da venda em moeda equivalente, explicou Yunes.
No futuro, porém, o objetivo é que a moeda seja utilizada para compras fora do Mercado Livre, por meio da carteira digital Mercado Pago, que já é aceita em diversos estabelecimentos de varejo físicos.
“Estamos olhando para o longo prazo, não estamos pensando nas oscilações de curto prazo desse mercado. Olhando para o futuro, não dá para imaginar tudo o que será possível fazer. Mas, para uma empresa de ponta e inovadora, faz sentido entrar e participar do ecossistema de criptomoedas porque muitas possibilidades se abrirão”, disse Yunes, quando questionado sobre as oscilações do mercado e os problemas recentes que afligem certas criptomoedas.
Antes do lançamento da Mercado Coin, a plataforma vinha apostando em outras iniciativas relacionadas a blockchain e ao ambiente de criptomoedas nos últimos anos.
O próprio Mercado Livre assumiu posições no valor de US$ 30 milhões em criptomoedas. Também lançou um site na Argentina que inclui publicações imobiliárias cujos vendedores aceitam criptomoedas para realizar uma transação.
Em outra frente, investiu em duas empresas do setor, Paxos e Mercado Bitcoin, para promover o desenvolvimento e uso de cripto e tecnologia blockchain em toda a região. No entanto, nenhum dos dois fazia parte do projeto da Mercado Coin, segundo os executivos.
Além disso, desde dezembro de 2021, o Mercado Livre oferece a possibilidade de realizar pagamentos nas criptomoedas Bitcoin, Ethereum e USDT. A criptomoeda própria do Mercado Livre vem, portanto, como uma quarta opção.
De acordo com Cohn, cerca de 2 milhões de usuários negociam com criptomoedas no Mercado Pago.
Os valores de investimento do projeto não foram divulgados. Anteriormente, o Mercado Livre anunciou investimentos de R$ 17 bilhões (US$ 3,41 bilhões) para o Brasil este ano.
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