Mesmo com problemas no Equador, Telconet avança com cabo submarino CSN-1

A equatoriana Telconet está a caminho de começar a carregar seu cabo Carnival Submarine Networks–1 (CSN-1), de 5.000 km, em um navio, marcando o estágio final de implantação.

O projeto está avançando apesar do cancelamento da licença da Cable Andino Corpandino para serviços de cabo submarino pela Arcotel agência reguladora de telecomunicações do Equador, devido a supostas irregularidades. A Cable Andino é uma provedora da Telconet e a principal operadora de seus sistemas no país.

Além do CSN-1, a Telconet é uma das proprietárias do cabo PAN-AM, o primeiro cabo submarino do Equador, e do Pacific Caribbean Cable System (PCCS).

A Cable Andino faz parte do consórcio que opera o PCCS, juntamente com Telxius e Cable & Wireless.

Apesar dos obstáculos, o CSN-1 continua avançando conforme o cronograma, tendo a Alcatel Submarine Networks como principal implantadora. Anteriormente pertencente à Nokia, a ASN foi vendida no início deste ano para o governo francês.

Em nota, a Telconet disse que a ASN reservou o navio Ile de Sein para realizar o carregamento e a instalação dos segmentos CSN-1 Pacífico e Caribe. O carregamento do cabo deve começar no início de maio e levará um mês para ser concluído.

O Ile de Sein é um dos principais navios da ASN e é usado globalmente para instalar sistemas de cabos submarinos.

No final de setembro, a Telconet havia concluído todas as unidades de ramificação, repetidores e os principais segmentos terrestres e subaquáticos do cabo, conforme relatado inicialmente pela BNamericas.

“As próximas atividades planejadas incluem carregamento de cabos e operações marítimas, as quais estão programadas principalmente para o primeiro semestre de 2025”, disse à BNamericas na época Francisco Villacreses, vice-presidente comercial da Telconet para a América Latina.

Segundo a Telconet, assim que o carregamento de Ile de Sein estiver concluído, o sistema CSN-1 completo será enviado para as Américas para implantação, que deve levar mais nove meses para ser concluída.

A data estimada de preparação para serviço do CSN-1 é o primeiro trimestre de 2026, conforme explicou Villacreses em setembro.

Quando estiver pronto, o cabo partirá de Anconcito, no Equador, até Bonita Springs, na Flórida, com pontos de aterrissagem no Panamá (Cidade do Panamá, na costa do Pacífico, e Colón, na costa do Atlântico) e na Colômbia (Barranquilla), como pode ser visto no mapa abaixo.

Além disso, estão planejados ramais e pontos de desembarque adicionais.

O sistema será composto por dois segmentos: o principal, de 4.500 km, que conecta Bonita Springs a Playa Diablillo e Costa del Este, no Panamá, além de Anconcito, no Equador.

Este segmento terá entre 12 e 17 pares de fibras da área de Naples até a Costa del Este, e oito pares de fibras da Costa del Este até Anconcito, cada um com uma capacidade de projeto de aproximadamente 20 Tbps usando a tecnologia atual, expansíveis até 30 Tbps.

Já o segmento Colômbia, de 525 km, conectará Salgar/Barranquilla com um ramal no tronco principal. Ele terá quatro pares de fibras, cada um com capacidade de projeto de aproximadamente 20 Tbps, também expansíveis até 30 Tbps.