Mexicana CFE vê reformas gerando até US$ 9 bi em investimentos privados em renováveis

A estatal mexicana de energia CFE espera que empresas privadas de energia renovável invistam até US$ 9 bilhões no país até 2030, após a aprovação de amplas reformas energéticas pelo Congresso.

Em uma apresentação de lucros publicada na segunda-feira (10), a empresa estimou que o setor privado poderia investir entre 6 e 9 bilhões de dólares no desenvolvimento de 6,4 a 9,6 GW de capacidade de energia renovável.

Sob as reformas de energia aprovadas pelo Congresso na quarta-feira (12), a CFE deve manter uma fatia de pelo menos 54% do mercado de geração. Os 46% restantes estarão disponíveis para geradoras do setor privado.

As reformas se tornarão lei um dia após sua publicação no boletim oficial do governo, prevista para 18 de março.

A CFE afirma que já gera 72% da eletricidade do México, incluindo a energia que compra de produtores independentes. Isto gera um amplo espaço para o setor privado investir em novos projetos de energia limpa no país.

Além de desenvolver seus próprios projetos de geração, as novas leis permitem que empresas privadas estabeleçam joint ventures com a CFE até uma participação máxima de 46%.

A CFE informou que essas parcerias seriam uma forma de financiar seu plano de investimentos de US$ 12,3 bilhões para geração entre 2025 e 2030.

AUMENTO DA COBERTURA

Em meio ao aumento dos preços do gás natural, a CFE aumentou seu programa de hedge para 59% de suas necessidades diárias, ante 46% no terceiro trimestre.

A CFE gera mais de 60% de sua eletricidade usando gás natural, dos quais cerca de 70% são importados dos EUA.

O portfólio de hedge da CFE consiste em opções de compra que permitem à empresa comprar gás natural a um preço de US$ 2 a US$ 4 por milhão de unidades térmicas britânicas (MMBTU).

Isso protege a empresa contra aumentos de preços e ainda permite que ela se beneficie quando os preços caem.

Os preços subiram acima de US$ 4/MMBTU no final de 2024, segundo a CFE.

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