Mexicana Marhnos planeja expansão em Porto Rico

Tendo estabelecido operações na Guatemala, Texas e Peru, o grupo mexicano de infraestrutura Marhnos está agora buscando uma estratégia agressiva de expansão para Porto Rico, Flórida e Califórnia, de acordo com o diretor de infraestrutura social Héctor Aguilar.

“Estamos tentando manter o foco. Os EUA são um país muito grande e devem ser ‘atacados’ estado por estado. Acreditamos que Porto Rico tem afinidade [com a América Latina] por ser um mercado hispano-americano”, disse Aguilar à BNamericas.

O jornal porto-riquenho Noticel informou na semana passada que Aguilar se reuniu com o chefe de parcerias público-privadas do território, Fermín Fontanés, para discutir projetos.

Aguilar afirmou que, durante uma primeira etapa de expansão, a Marhnos tentará obter PPPs de infraestrutura social relacionadas à reconstrução de escolas afetadas por desastres naturais, como furacões.

“Estamos muito focados em infraestrutura social. Temos projetos hospitalares e escolares no México, e no Peru temos projetos educacionais muito interessantes, e gostaríamos de levar essa experiência para Porto Rico. Muitas escolas foram danificadas por furacões, e o setor educacional em Porto Rico quer mais investimentos em infraestrutura. […] também consideraremos mais tarde infraestrutura de saúde”, explicou Aguilar.

Embora as autoridades tenham demonstrado interesse, a Marhnos terá que esperar mais seis meses para prosseguir.

“Você tem a oportunidade de negócio, afinidade cultural e uma entidade governamental dedicada às PPPs que nem todo país ou estado tem. Existem condições ideais para gerar um relacionamento sólido e duradouro com Porto Rico”, afirmou, acrescentando que a Flórida e a Califórnia serão consideradas em uma segunda etapa de expansão.

Questionado sobre a redução de projetos de PPP no México, Aguilar explicou que isto não impede a empresa de fazer negócios em seu país de origem.

“Gostamos de PPPs porque nos permitem ter projetos de longo prazo para operar e manter um negócio e isto obriga a ter uma boa qualidade de entrega. [As PPPs] podem ter sido um pouco reduzidas – nem todos os governos gostam desta modalidade”, concluiu.