México adicionará 8 milhões de m² de parques industriais nos próximos anos

Cerca de 50 novos parques industriais serão construídos nas regiões norte e centro do México devido aos efeitos do nearshoring e à crescente demanda por espaço derivada do investimento estrangeiro direto, de acordo com a associação nacional de parques industriais privados (AMPIP).

No entanto, apesar do crescimento no norte e no centro do país, poucos parques industriais estão sendo construídos no sul do México por conta da falta de infraestrutura naquela região.

A diretora-geral da AMPIP, Claudia Esteves Cano, relatou que foram investidos mais de US$ 3 bilhões nesses projetos para estabelecer plantas de produção, centros de distribuição e depósitos para diversas empresas.

“Continuaremos crescendo e, no momento, identificamos 50 novos parques industriais no norte, na região do Bajío, no oeste e no centro do país, estimados em 8 milhões de metros quadrados nos próximos anos”, disse ela, segundo o jornal El Universal.

Os parques industriais se encontram em diferentes estágios de construção e alguns entrarão em operação em 2024 e 2025.

A demanda por essas instalações também deve crescer para 6 milhões de metros quadrados em 2027, “algo histórico, que nunca foi registado antes”, acrescentou.

Esteves destacou, ainda, a falta de novos parques industriais no sul do país, com exceção do estado de Yucatán, cuja capital Mérida cresceu e se mostrou adequada para receber empresas de logística.

Esta situação “não se deve à falta de interesse” no sul do México, mas sim à infraestrutura deficiente, que continua sendo um desafio para as autoridades apoiarem o fenômeno do nearshoring, apontou ela.

“Somos a favor do crescimento em todas as partes do país, e o mais importante é que andemos de mãos dadas com a federação e os estados, para construir a infraestrutura necessária para a chegada de empresas estrangeiras”, afirmou Esteves para a Forbes.

“Precisamos de mais infraestrutura de transmissão e distribuição de energia, e também de mais agilidade na eficiência administrativa”, destacou.