México segue em briga com a Vulcan sobre operação de calcário

O presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador (AMLO) reforçou um apelo à Vulcan Materials para converter suas operações de calcário SAC TUN, no estado de Quintana Roo, em um parque turístico, ameaçando apresentar uma queixa à ONU por supostos danos ambientais.

A empresa com sede nos EUA – que entrou com uma ação de arbitragem internacional contra o México em 2018 – se envolveu em uma briga de alto nível com AMLO, quando a Secretaria do Meio Ambiente (Semarnat), em maio, ordenou a suspensão temporária das operações, devido a preocupações ambientais.

“Foi tomada a decisão de cancelar completamente as obras e, como ela [Vulcan] apelou aos tribunais internacionais, apelaremos à ONU e aos tribunais internacionais”, declarou AMLO em entrevista coletiva.

“Não descartamos a possibilidade de um acordo [com a empresa], mas enquanto estivermos no governo, e cumprindo a lei, não vamos permitir a extração de material de construção por parte da Calica [subsidiária da Vulcan]”, acrescentou o presidente, acusando a empresa de causar um desastre ambiental.

A Vulcan disse no mês passado que extraiu legalmente calcário no México por mais de 30 anos e planeja buscar todas as vias legais disponíveis para prosseguir com as operações.

A empresa espera para o segundo semestre uma decisão sobre a ação de arbitragem do Nafta de 2018, relacionada ao repúdio de um acordo para desbloquear uma parte das reservas de agregados e o encerramento de parte de suas operações em pedreiras.

AMLO é um crítico aberto da indústria de mineração no México e supervisionou o congelamento de novas concessões, a nacionalização do lítio e uma abordagem mais dura quanto a licenciamentos.