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Millicom reduz implantações de FTTH na América Latina

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Millicom reduz implantações de FTTH na América Latina

O crescimento mais lento dos serviços domésticos forçou a Millicom a cancelar a implantação greenfield na Colômbia e reduzi-la na Bolívia, enquanto planeja “expansão greenfield tática de FTTH” no Panamá, de acordo com a mais recente apresentação de resultados.

Na Colômbia, a concorrência é intensa e a inflação na casa dos dois dígitos. As receitas de serviço na Bolívia caíram 2,9% no interanual do segundo trimestre.

“Em resposta a esses desafios, ajustamos nossos planos de investimento e atividade comercial nesses mercados”, afirmou o CEO Mauricio Ramos na teleconferência trimestral.

A Millicom mudou seu foco para a disciplina de preço e investimento na Colômbia. “Mantivemos e até aumentamos as taxas de instalação. Isto vem afetando o crescimento da receita do cliente, mas ajuda a proteger a lucratividade e a manter a rotatividade de clientes”, acrescentou.

Em maio, os acionistas da Tigo Une – a própria Millicom e a concessionária de serviços públicos EPM, de Medellín – disseram estar buscando alternativas para garantir a sustentabilidade financeira. Logo depois, a Millicom anunciou um acordo com a Telefónica para o desenvolvimento de uma rede compartilhada de acesso móvel.

“Na Bolívia, os desafios que enfrentamos são mais macroeconômicos. Estamos controlando as taxas de instalação e nossos preços. Está nos custando em termos de perdas líquidas de clientes no primeiro semestre do ano, mas tem compensado em termos de fluxo de caixa”, explicou Ramos.

No Panamá, a empresa desacelerou a implantação de FTTH greenfield, o que “reflete nossa participação de mercado muito alta e sustentada e nosso foco estratégico via convergência”, ele acrescentou.

De acordo com o relatório de ganhos, o capex geral caiu 28,5%, para US$ 182 milhões, no segundo trimestre e caiu 19,1% no primeiro semestre, atingindo US$ 367 milhões.

As receitas de serviços caíram 1,8%, para US$ 1,29 bilhão, no trimestre. A Millicom destacou o aumento orgânico de 1,9% nesta linha (excluindo efeitos cambiais), com crescimento de 6,1% no segmento B2B e 1,7% no segmento móvel, impulsionado por um aumento de 8,6% no pós-pago, além de “crescimento na maioria dos países”.

“A principal razão para isso [crescimento de receita] é nossa decisão de tomar medidas adicionais para defender nossa liderança no mercado móvel pré-pago na Guatemala”, destacou Ramos.

PARAGUAI E GUATEMALA

A operação do Paraguai registrou crescimento de 7% no segmento residencial no segundo trimestre. “Este é o resultado do investimento que temos feito nos últimos anos para aprofundar a fibra em nossa rede e vimos uma melhoria significativa no desempenho da rede”, disse Ramos.

A receita de serviços no Paraguai aumentou 9,6% em moeda local.

A receita na Guatemala caiu 1,6%, mas a empresa também adquiriu mais espectro e agora igualou a Claro.

Com a aquisição dos negócios da Telefónica na Guatemala, a Claro obteve espectro e implantou e atualizou sua rede, o que lhe deu uma vantagem temporária de rede, de acordo com Ramos.

Ele afirmou também que ter alcançado a paridade de espectro foi crucial. “Este processo de leilão de 2,6 GHz foi bem organizado, bem administrado e muito transparente e a indústria como um todo se comporta de maneira saudável e racional, e vemos um valor mais estável avançando e uma estrutura saudável da indústria na Guatemala”, afirmou.

PROJETO EVEREST

A economia oriunda do programa de eficiência da Millicom, denominado Projeto Everest, se materializará no segundo semestre e até 2024, disse o CFO Sheldon Bruha durante a teleconferência.

“No segundo semestre deste ano vamos continuar a ter alguns pequenos custos de implementação, mas a economia vai começar a ser visível”, disse.

A empresa pretende alcançar mais de US$ 100 milhões em economia anual de taxa de execução até o final de 2024, com mais de 50% de tal valor esperado para este ano.

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