Minera Hampton avança com estudo de US$ 700 mi para projeto de cobre no Peru

A Minera Hampton Perú, de propriedade da empresa britânica CD Capital, está avançando com a documentação para seu projeto de cobre greenfield em Los Calatos, na região de Moquegua.

A empresa apresentou um primeiro relatório, elaborado pela consultoria Insideo, à agência de certificação ambiental Senace, no qual detalha o histórico geral da iniciativa avaliada em US$ 700 milhões e os componentes que estão previstos para serem incluídos no estudo de impacto ambiental detalhado (EIA-d).

O relatório (em espanhol) pode ser baixado na seção Documentos, no canto superior direito desta tela.

Los Calatos terá 12 componentes principais que serão apresentados no EIA-d, documento que deverá ser entregue em fevereiro de 2026.

Os principais componentes são os seguintes:

• Mina subterrânea com cerca de 160 milhões de toneladas de minério de cobre e molibdênio.
• Stockpile para armazenamento temporário de minerais (mobilização via caminhões)
• Central de concentração com taxa de recuperação de 89% para cobre e 69% para molibdênio
• Infraestrutura para rejeitos de mina (sistema de acionamento, planta de filtragem e depósito)
• Sistemas de abastecimento (energia por meio de torres de alta tensão e água proveniente de processos de dessalinização)

“A água será fornecida a partir do mar, aproximadamente 75 km a sudoeste do projeto, onde será implementada uma usina de dessalinização e infraestrutura associada (tubos de recolha, entrega e descarga, bem como uma câmara de recolha). A partir da usina, será implementado um duto de acionamento para transportar a água do mar dessalinizada para um tanque de armazenamento na área da mina”, indica o relatório.

Quanto aos componentes secundários, Los Calatos contará com sistema de recuperação e recirculação de água, além de estações de tratamento de água potável, entre outros.

Segundo o relatório, os concentrados de cobre serão embarcados pelos portos de Ilo e Matarani.

Los Calatos é um projeto subterrâneo de média escala com vida útil de 24 anos e capacidade de processamento de 20 mil toneladas por dia. No meio do ano, os executivos da empresa indicaram que esperam iniciar a construção até o final de 2027 e iniciar as operações comerciais até o final de 2029. A produção de cobre será de 60 mil toneladas por ano.

O EIA-d será elaborado entre abril e novembro do próximo ano, um plano de participação cidadã será apresentado em dezembro e o estudo será entregue em fevereiro de 2026.