Mineração cresce em julho e registra aumento em 7 meses consecutivos no México

A atividade de mineração não petrolífera no México registou um crescimento homólogo de 9,1% em julho, o sétimo aumento mensal consecutivo da indústria, de acordo com números revistos do instituto de estatísticas Inegi.

Nos primeiros sete meses de 2024, a atividade do setor aumentou 6,1% em comparação com o mesmo período de 2023, segundo o relatório mensal de atividade industrial da agência.

Questionado pelo BNamericas sobre as razões destes aumentos – apesar de haver poucos projetos em andamento e face à incerteza devido à falta de regulamentação para a reforma legal do setor, de 2023, bem como à proibição da mineração a céu aberto – Raúl García Reimbert, presidente do Colégio de Engenheiros de Minas, Metalúrgicos e Geólogos do México (CIMMGM), disse que isto se deve “basicamente à elevada produção das minas atuais e ao aumento dos preços dos metais, incluindo prata, cobre e ouro”.

O especialista acrescentou que as empresas estão tentando tirar o melhor proveito das operações atuais. “É conjuntura: otimização-eficiência-preços”, comentou.

Os preços do ouro e da prata têm estado em alta este ano devido às tensões geopolíticas globais, entre outros motivos, o que resultou em um melhor desempenho do segmento.

A onça (oz) de ouro estava negociada em torno de US$ 2.520 nesta quarta-feira (11) e cresceu 23% até agora neste ano, atingindo os atuais máximos históricos. A prata ultrapassou os US$ 28/oz, com um aumento acumulado de 27% desde janeiro e um máximo de US$ 32,06/oz em 26 de maio.

Não à toa, maio foi o mês do ano em que a mineração não petrolífera no México mais cresceu, com um aumento homólogo de 12,6%, segundo dados originais do Inegi.