Mineradoras peruanas solicitam autorização ambiental para modificar operações

Duas mineradoras realizarão obras avaliadas em quase US$ 35 milhões no Peru, ligadas a ampliações, processos de gestão hídrica e um projeto brownfield.

COIMOLACHE 

A mineradora de ouro e prata Coimolache está preparando diversas modificações em sua operação Tantahuatay, na região de Cajamarca. As obras exigiriam um investimento estimado de US$ 25,9 milhões.

Segundo a empresa – cujos acionistas são Buenaventura (40,1%), Southern Copper (44,2%) e Estudios y Proyectos SAC (15,7%) –, estão previstas quatro modificações principais e 16 modificações secundárias. As obras serão realizadas nos próximos seis anos.

Essas informações estão incluídas em um relatório técnico de apoio (ITS, na sigla em espanhol) recente, apresentado pela empresa à agência de certificação ambiental Senace. O ITS é um documento que as empresas extrativas apresentam ao regulador ambiental quando planejam executar obras com baixo impacto social e ambiental.

Segundo o relatório, as quatro principais alterações são:

• Obras na cava Tantahuatay (extensão norte, redução da zona sul e melhoria na gestão da água);
• Obras na cava Mirador (ampliação da cava e melhoria do sistema de água);
• Obras na plataforma de lixiviação de Tantahuatay (fase 8 da expansão, reforço de infraestrutura e estações de bombeamento);
• Obras na plataforma de lixiviação de Ciénaga Norte (fase 3 da expansão, reforço de infraestrutura e mudança de parâmetros).

As mudanças nas cavas serão realizadas durante os primeiros dois anos, enquanto as obras na plataforma de lixiviação de Tantahuatay ficarão para o sexto ano e os trabalhos na plataforma de lixiviação de Ciénaga Norte serão executados no terceiro ano.

Quanto às demais modificações, como a realocação de estações de tratamento e melhorias tecnológicas, a maioria será realizada no primeiro ano após a aprovação do ITS. O relatório (que está disponível para download, em espanhol, na seção Documentos, no canto superior direito da tela) foi elaborado pela consultoria Entrix Perú e já está em avaliação.

ANTAPACCAY

A Antapaccay, subsidiária da empresa suíça Glencore no Peru, também apresentou um ITS para seguir com os trabalhos em seu projeto de cobre brownfield Expansão de Tintaya - Integração de Coroccohuayco. O relatório, também disponível na seção Documentos, no canto superior direito da tela, foi elaborado pela consultoria AtkinsRéalis.

A mineradora, que atua na região de Cusco, prevê investimentos de US$ 5 milhões para “realizar investigações geotécnicas e hidrogeológicas com o objetivo de coletar informações que permitam a caracterização física e mecânica das propriedades das rochas, como estruturas geológicas, falhas, estabilidade geotécnica e níveis do lençol freático”, de acordo com o relatório.

A Antapaccay informou que 19 plataformas de perfuração serão habilitadas e 22 poços serão perfurados. Além disso, serão construídos 6,93 km de novos acessos. As obras levarão um ano.

O projeto Expansão de Tintaya – Integração de Coroccohuayco é uma iniciativa de cobre avaliada em US$ 1,5 bilhão que visa produzir 250.000 toneladas por ano. O Ministério de Energia e Minas espera que as obras comecem em 2027.