Mirando alto: Liberty delineia metas agressivas para operações na América Latina

A Liberty Latin America tem como meta 95% de suas residências passadas com velocidade de 1 Gbps até o final do ano, após adicionar 350 mil residências em 2023.

“Planejamos adicionar outras 350 mil a 400 mil casas [em 2024]”, disse Balan Nair, CEO da empresa, durante teleconferência de resultados do quarto trimestre de 2023.

Em dezembro, 80% da rede da Liberty Latin America era capaz de receber 1 Gbps.

As adições de imobilizado (P&E) totalizaram US$ 731 milhões no ano passado, abaixo dos US$ 819 milhões de 2022. E as despesas de capital líquidas totalizaram US$ 585 milhões.

A C&W Caribe foi responsável por 32% das adições de P&E, com 142,1 mil residências, seguida pela C&W Panamá com 16% e 115,3 mil.

“Continuamos investindo em nossa rede e expandindo e atualizando com passagens residenciais de FTTH. Tenho o prazer de dizer que apenas 6% da nossa presença é agora coberta por cobre”, acrescentou Nair sobre a operação no Panamá. “Nosso foco é remover [o cobre] substancialmente até o final de 2024.”

Em Porto Rico, a Liberty atualizou ou adicionou 50 mil casas com FTTH passadas em 2023, terminando o ano com 150,5 mil. A operação representou 30% do P&E anual.

A unidade costarriquenha teve 41,3 mil residências transitadas no ano e chegou a 750 mil. “Agora temos 20% da nossa rede em FTTH e esperamos que seja cerca de 40% até o final deste ano”, explicou Nair.

INTEGRAÇÕES

Quase 40% dos gastos do ano passado estiveram relacionados com integrações de empresas adquiridas e a Liberty espera concluir as de Porto Rico e Panamá em 2024.

No Panamá, a empresa iniciou o processo de integração no final de 2022, após obter todas as autorizações para concluir a compra da Claro pela C&W Panamá por US$ 200 milhões.

Até dezembro, foram geradas sinergias no valor de US$ 70 milhões e migrada 100% da base pré-paga. A Liberty espera concluir a migração da base de clientes ainda no primeiro semestre.

Em Porto Rico, a empresa avança na migração de clientes da AT&T, cuja operação local adquiriu em 2020. Nair comentou que a Liberty migrou mais de 800 mil clientes, o que representa quase toda a base pré-paga, 90% da base total e mais de 40% de clientes B2B. A expectativa é concluir o processo em abril.

Em termos de geração de receita, a Liberty Latin America teve uma queda de 6% no ano passado, registrando US$ 4,51 bilhões.

TORRES

No quarto trimestre, a empresa concluiu a venda de ativos de torres no Panamá, Jamaica, Porto Rico, Barbados e Ilhas Virgens Britânicas por US$ 244 milhões. A parte das Bahamas será concluída no primeiro semestre, gerando receitas adicionais de US$ 70 milhões.

Em novembro, a Phoenix Tower International concordou adquirir 1,3 mil terrenos da Liberty Latin America. A receita total do negócio será de US$ 407 milhões.

As empresas também anunciaram a implantação conjunta de 500 novos locais em toda a região nos próximos cinco anos, como parte do seu acordo.