Nexa vende segunda subsidiária peruana em menos de uma semana

A brasileira Nexa Resources anunciou a venda da Minera Pampa de Cobre, sua subsidiária peruana, para a Quilla Resources Perú Metals por US$ 5 milhões, juntamente com outros US$ 11 milhões sujeitos a certas condições, e royalties pelo mineral produzido.

A operação seria concluída no final de dezembro, segundo comunicado enviado pela Nexa à SMV, entidade que regula de valores mobiliários no Peru.

Segundo a Nexa, que é parte do grupo Votorantim, Pampa de Cobre é proprietária da mina de cobre Chapi, paralisada desde 2013 e localizada na região de Moquegua. A jazida tem capacidade para produzir até 10 mil toneladas de cobre por ano, mas atualmente está em manutenção.

A venda é a segunda da Nexa em menos de uma semana e responde ao plano da empresa de otimizar seu portfólio de projetos e melhorar seu fluxo de caixa.

Em 4 de setembro, ela anunciou a venda da Minera Cerro Colorado para a Canadian Olympic Precious Metals por US$ 4,3 milhões, mais US$ 25 milhões sujeitos ao cumprimento de determinados marcos. Este último é proprietário do Pukaqaqa, um projeto greenfield de exploração de cobre avaliado em US$ 655 milhões, segundo o Ministério de Energia e Minas (Minem).

ACORDO

De acordo com declarações anteriores da empresa, a Nexa estava em negociações sobre a venda da Minera Pampa de Cobre desde o início de maio.

“A Quilla pretende retomar as operações na mina de Chapi e também será responsável pela execução do futuro fechamento da mina, incluindo quaisquer passivos ou obrigações ambientais”, afirmou a Nexa no comunicado.

Conforme o acordo, Quilla se tornaria proprietária de Pampa Negra, projeto de exploração de cobre avaliado em US$ 45,5 milhões.

Segundo o Minem, Pampa Negra também está localizada na região de Moquegua e possui o instrumento de gestão ambiental aprovado, mas a Nexa – com 80,2% de participação no projeto – não apresentou a documentação para iniciar as atividades de exploração. Isso fez com que o Minem retirasse Pampa Negra de sua lista de projetos exploratórios prioritários no início de 2023, após não registrar avanços. Uma eventual retomada da iniciativa dependerá do novo proprietário.