NG Energy visa aumento de produção de gás na Colômbia

A canadense NG Energy planeja aumentar a produção de gás natural de suas operações na Colômbia em mais de seis vezes nos próximos 18 meses, disse o diretor financeiro da empresa à BNamericas.

A empresa listada em Toronto pretende produzir 130 MMf³/d (milhões de pés cúbicos por dia) até o final de 2025, um aumento em relação ao nível atual de cerca de 20 MMf³/d.

“Estamos cientes da magnitude da tarefa, mas com excelentes relacionamentos no país, grandes parceiros e trabalho árduo contínuo, estamos extremamente confiantes de que atingiremos este objetivo”, afirmou o CFO Jorge Fonseca, em uma entrevista por telefone.

Atualmente, a empresa está produzindo 20 MMf³/d no bloco María Conchita, localizado no departamento de La Guajira, e pretende aumentar a produção da área para 30 MMf³/d até o primeiro trimestre do próximo ano.

No entanto, a “joia da coroa” das operações da empresa, segundo Fonseca, é a área de Sinu-9, no departamento de Córdoba.

“Em Sinu-9, temos dois poços: Brujo e Mágico. E estamos a semanas de concluir um grande projeto de infraestrutura, que ligará estes poços ao Jobo [hub de gás] e ao gasoduto Promigas”, disse.

Sinu-9 está previsto para entrar em operação em 15 de agosto, produzindo inicialmente 10 MMf³/d antes de aumentar a capacidade de transporte existente de 30 MMf³/d. Uma expansão de capacidade de 10 MMf³/d deve ser concluída até novembro, permitindo que a produção atinja 40 MMf³/d.

“E com um aumento de María Conchita no primeiro trimestre do próximo ano, a produção total da nossa empresa subirá para 70 MMf³/d.Acredito que isso nos tornará uma empresa muito importante na Colômbia", destacou Fonseca.

A maior parte do aumento de produção esperado em 2025 virá da segunda fase do projeto Sinu-9, que prevê a construção de dois oleodutos adicionais e a perfuração de, pelo menos, três poços de exploração.

“Acredito que a NG é provavelmente a única boa notícia no setor atualmente”, observou Fonseca. “Somos os únicos capazes de introduzir gás novo no mercado nos próximos 36 meses e ajudar a mitigar o problema de abastecimento e os preços elevados”.

A primeira parte da entrevista com Fonseca pode ser vista aqui. A segunda parte será publicada nos próximos dias.