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Nokia: ‘Os datacenters serão nossa principal meta de crescimento nos próximos anos’

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Nokia: ‘Os datacenters serão nossa principal meta de crescimento nos próximos anos’

A fornecedora finlandesa de equipamentos de telecomunicações Nokia está apostando todas as suas fichas na demanda por redes de datacenters, já que continua registrando um enfraquecimento em seu segmento tradicional de operadoras de telefonia móvel.

“Os datacenters serão nossa principal meta de crescimento nos próximos anos. Também haverá outras, mas essa será a número um”, disse o CEO Pekka Lundmark a investidores na teleconferência de resultados do terceiro trimestre.

A Nokia registrou € 4,33 bilhões (US$ 4,70 bilhões) em vendas líquidas no terceiro trimestre, queda de 8% em relação ao ano anterior. A América Latina foi responsável por 5% desse resultado, ou € 222 milhões, queda de 15%.

O declínio na América Latina foi impulsionado principalmente pelas redes móveis. No acumulado do ano até setembro, as receitas na região totalizaram € 608 milhões, queda de 16%.

No segmento de datacenters, o objetivo da Nokia é entrar cada vez mais na “estrutura” do datacenter, apontou Lundmark.

A empresa acredita que o papel da tecnologia ótica aumentará, não só para conexões entre datacenters, mas também dentro dos sites, para a conexão de servidores entre si.

Segundo o executivo, a expectativa é que haja um mercado com “volumes altíssimos” tanto para hiperescaladores quanto em datacenters menores.

A Nokia também anunciou que está aumentando os investimentos em redes IP para diversificar esse negócio para redes de missão crítica e o setor de datacenters.

A aquisição da fornecedora ótica norte-americana Infinera faz parte desse plano.

A Nokia recebeu a aprovação da agência antitruste dos Estados Unidos para o acordo e o aval dos acionistas da Infinera. A empresa espera fechar a transação no primeiro semestre de 2025.

“Acredito que a futura empresa combinada estará extremamente bem posicionada para o crescimento e, mais importante, para novas oportunidades para datacenters orientadas por IA”, disse Lundmark.

REDES PRIVADAS

Assim como sua rival Ericsson, a Nokia está vendo os primeiros sinais de recuperação no segmento de telefonia móvel, apesar da sequência de resultados ruins.

A Lundmark prevê uma recuperação no mercado sem fio em geral no próximo ano, em linha com as expectativas e previsões dos analistas do mercado.

Enquanto isso, se a demanda das empresas de telecomunicações é baixa, um lado positivo para as redes móveis é o segmento corporativo.

A Nokia relata ter quase 800 clientes de redes privadas em todo o mundo.

A empresa é líder de mercado global e regional na área e, na América Latina, tem projetos com a Petrobras, Vale, Codelco, Antofagasta Minerals, Las Bambas e o porto mexicano de Progreso, entre outras.

Agora, a fornecedora está analisando outros segmentos além de energia, mineração ou infraestrutura para continuar crescendo nessa frente.

“Um pouco mais a longo prazo, médio e longo prazo... a indústria de defesa será cada vez mais importante, e temos uma aceitação promissora”, relatou Lundmark na teleconferência, acrescentando que mais detalhes seriam compartilhados no evento Capital Markets Day da empresa.

Entre as operadoras de telefonia móvel, a Nokia sentiu o impacto da perda de um importante contrato de 5G da AT&T para a Ericsson nos EUA.

“Após a decisão da AT&T, que obviamente foi muito negativa para nós, ganhamos muito mais do que perdemos”, avaliou o CEO.

Na América Latina, a empresa derrotou a Ericsson e garantiu um novo contrato de longo prazo no Brasil com a TIM.

Em seu relatório de resultados, a Nokia fez referência a isso, destacando o Brasil, a Índia, o Japão, a Nova Zelândia e o Vietnã entre os mercados que vivem um “bom momento” na conquista de contratos de rede móvel.

Na Costa Rica, a empresa também foi escolhida como principal fornecedora de 5G para a operadora de telefonia móvel Racsa.

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