Nova direção do porto de Santos confirma que privatização está fora de questão

O governo brasileiro nomeou Anderson Pomini como chefe da SPA, operadora do porto paulista de Santos, o mais movimentado do país, que confirmou que a privatização não acontecerá, mas concessões serão consideradas.

“Provavelmente não veremos a privatização total da operadora portuária como um todo, o que resultaria em um volume muito grande de investimentos privados, pois atrairia muito interesse de empresas do setor e fundos de investimentos globais”, disse João Cortez, um sócio da empresa de consultoria em infraestrutura Vallya, à BNamericas.

“O que veremos são concessões para alguns projetos específicos dentro do porto, que atrairão investimentos, mas não nos volumes [que veríamos] se todo o operador portuário fosse oferecido”, acrescentou Cortez.

“A operadora portuária será mantida como uma empresa estatal, que garante a manutenção de serviços essenciais e estratégicos para as principais infraestruturas de transporte e equipamentos logísticos do Brasil”, disse Pomini em comunicado, que também revelou que o ministro nacional de portos e aeroportos Márcio França prevaleceu sobre o governador Tarcísio Gomes de Freitas, favorável às privatizações.

Mas, “vamos continuar os processos de concessão do terminal, serviços de dragagem por mais tempo, atender às necessidades de evolução tecnológica, melhorar a manutenção do porto e seus acessos, tornar o túnel Santos-Guarujá viável”, acrescentou Pomini.